segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

O último clássico


Depois de dois anos sem acontecer, o maior clássico do Brasil voltará dia 03 de Fevereiro, infelizmente, ao que tudo indica, pela última vez. Isso porque, como eu disse em outro post, clássico que é clássico quem determina a porcentagem de torcedores de cada time é a própria torcida. Com a história ridícula de dividir 90% de mandantes e 10% de visitantes, a partir do dia 4/02/2013 os eternos clássicos se transformarão em meros jogos entre dois times grandes do futebol Brasil. Enfim, nesta altura do campeonato o que podemos fazer é torcer para que os dirigentes acordem para realidade e comecem a pensar maior que o próprio umbigo. Mas isso já foi assunto aqui.

O que serve de consolo é que o último clássico, que acontecerá Domingo, tem tudo para ser digno da história desse confronto, uma despedida de gala à altura. Teremos em campo um camisa 10 verdadeiro, duas vezes o melhor do mundo, pentacampeão mundial. Um craque chamado Ronaldo, um dos maiores que já jogaram nessas Minas Gerais e pela primeira vez atuando com a camisa do Galo no Mineirão. E o último grande derby merece uma estrela desse porte. Além disso, será também a reinauguração do Gigante da Pampulha, nossa eterna casa, que voltará com o melhor jogo possível para o evento.

E dessa vez, sem falsa modéstia, somos favoritos, o que, evidentemente, não significa que vamos ganhar. Afinal, o maior de Minas está com a base montada desde o ano passado, base vice campeã brasileira e que é realmente um time competitivo, enquanto o outro lado está com um time recém montado com 13 contratações que na verdade são duas e uma aposta.

No último clássico, por ser a reestreia do Mineirão, não teremos os tradicionais 60% do estádio, já que os cruzeirenses vão aparecer de suas tocas para ver o novo Mineirão e, bem provavelmente, aplaudir o Ronaldinho de pé, como eles tiveram muita vontade de fazer (e deveriam ter feito) naquele 2x2. E a vitória é, como sempre, aliás, mais do que normalmente é, fundamental. Afinal, mais que a reinauguração do estádio, o que entrará para os anais da história é a despedida do clássico, o último suspiro do maior confronto do Brasil.