De amanhã, falaremos amanhã.
Agora o que deveria ter falado ontem, mas, infelizmente, não tive tempo, ou
seja, o jogo contra o Palmeiras.
Das duas uma: ou o time reserva
do Galo é uma máquina de jogar bola, ou os caras que colocaram o Palmeiras como
favorito a ganhar o Brasileirão fumaram alguma coisa bem forte. Sinceramente,
acho que a segunda. O time do Palmeiras é fraco e podemos, sim, lamentar o
empate.
O time reserva do Galo, no
entanto, não é ruim. Faria bom papel no campeonato e nos deixará em condição de
disputar o título quando voltarmos campeões da Libertadores, além de ter mostrado que em algumas posições temos boas opções. Não é o caso das laterais, mas o
resto do time pode sim, esporadicamente, entrar em campo. A zaga muito boa,
apesar do Tiago ter se empolgado no último lance do jogo. O Eduardo é um baita
volante, vai ser titular em breve e o Josué não compromete. Em jogos decisivos,
inclusive, ele costuma ir muito bem. O Maicosuel jogou bem, embora ainda seja
muito inconstante e o Giovanni Augusto, com a cabeça no lugar, é muito bom
jogador. O Jô, bom, o cara foi artilheiro da Libertadores de 2013. Sem mais.
Ao contrário de muita gente,
gosto do futebol do Cárdenas, não acho que ele foi mal ao que Levir propôs a
ele. No entanto creio que nem o treinador ainda não entendeu qual a melhor
posição para ele, nem o colombiano se adaptou ainda ao estilo
brasileiro. Mas dá para ver que o cara conhece de futebol e que é capaz de
fazer mais do que rodar a bola, como Levir tanto insiste. Os jogos contra o
Atlas e o América por exemplo ele mostrou isso. Aliás, o Atlético perdeu para o América depois
de sua saída. Mesmo no jogo contra o Palmeiras, embora o Eduardo tenha sido
disparadamente o melhor em campo, a entrada do Carlos no lugar do Cárdenas não foi nada produtiva.
Enfim, sábado não conseguimos um
empate, deixamos escapar uma vitória.
Eu sei que comecei falando que do jogo de
amanhã, só amanhã; mas não tem jeito. Então, enquanto ainda tenho um pouco de
razão, afinal o dia de amanhã é ansiedade pura, cem por cento emoção, vou passar brevemente pelo jogo. Eu levaria o Cárdenas para o banco em vez do Maicosuel. E explico o
porquê. Embora o “Cata-guimba” tenha ido muito melhor do que colombiano sábado,
se o Atlético precisar de velocidade e condução de bola já vai ter o Carlos no banco.
Se precisar de alguém para segurar a bola, ditar o ritmo, sobretudo se o
Atlético fizer um gol no início ou no meio da partida, bom, agora não tem.
De toda forma, é possível,
factível e provável a vitória no sul. Mais ainda com a volta do Guilherme.
Faltou um cara como ele no primeiro jogo. Estivesse ele em campo, a vitória era certa. Pessoalmente, em situação normal, eu
colocaria o 17 – embora seja o 10 – no segundo tempo. Primeiro pelo cansaço
físico dos outros jogadores e os espaços maiores. Segundo porque ele não deve
aguentar o jogo todo e, conhecendo o Galo como conheço, é muito melhor fazer um gol
aos 43 do segundo do que abrir vencendo de cara. Segurar resultado não é bem
nosso forte.
Eu acredito, como sempre, mas
desta vez, além da torcida, além da fé, além da confiança, não sei bem por qual
razão, vejo essa partida meio como à feição do Galo, por mais que preveja
sofrimento. Mas vamos deixar amanhã para amanhã.