quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Não joguem contra!

 



Antes de mais nada, outra vez, peço mil desculpas pela minha ausência. Não é falta de acompanhar o Galo, isso eu sempre faço, é falta de tempo na agenda atribulada em um 2020 completamente maluco para escrever sobre o assunto.

Aliás, se há uma coisa que tem trazido algum alento e salvado meus dias confusos neste ano, esta algo é o Atlético. Até quando perde, você consegue tirar coisas boas. O jogo contra o Bahia, por exemplo, foi realmente uma aberração. O Galo teve chances de matar o jogo, mas quem não faz leva.

É claro que, mesmo adepto ferrenho do Sampaolismo, uma vez que sou Atleticano Sampaolista, não acho que Dom Sampa seja imune às críticas e infalível. Longe disso. Mas, tendo em vista o custo benefício e à proporção que os próprios atleticanos têm dado aos resultados negativos, não tecerei nenhum tipo de resenha negativa neste texto.

O Brasileiro tem sido um sonho tão grande, tão longe do atleticano que ele perdeu completamente a confiança, é como se já soubesse que fosse dar errado. Mal comparando, parece um sonho de loteria: a gente até compra com uma esperança, mas depois, desiste, deixa de lado, sabe que não vai rolar.

Futebol não é assim. A imprensa do eixo tem jogado, e muito bem, com o psicológico do atleticano: feito um oito ou oitenta surreal. Quando ganha, enche de esperança, mas quando perde: já era, o título é do Flamengo...

Uma dica para vocês, que parece até óbvia, embora não pareça que o atleticano tenha notado: os Mulambos estão com muito mais medo da gente do que você possa imaginar.

Não precisa ser Freud para explicar: quando algo é insignificante para você, você simplesmente não fala dele, não dá importância. A insistência dos Urubus em reafirmar que o Atlético não representa nada, que não incomoda, e coisas do tipo nada mais é do que a prova cabal de que eles não só se importam, mas como estão, com o perdão da expressão, com o cu na mão. ?

Leva para a sua vida pessoal: quantas vezes você fala de uma coisa com a qual você não se importa? Pois bem, o mesmo tanto de vezes que eu, em um dia normal, falo sobre a situação do Tupi de Juiz de Fora...

Os comentaristas do eixo fazem isso também: jogam com o seu psicológico. Sobretudo os que vestem rubro negro por baixo das blusas sociais, estes estão adorando fazer alarde a cada derrota do Galo, enfraquecer o moral, achar defeitos. O pior: estão conseguindo. O que eu vejo de torcedor desistindo... Devem ser novos nisso de torcer para o Galo.

Só para lembrar, o Inter estava na frente, passamos e eles nos alcançaram (com um jogo a mais, claro). Será que algum colorado desistiu? Aprendam o importante em um campeonato de pontos corridos é ser líder ao final da 38ªrodada. Se você for vice durante 37 e for líder na última, jovem, você levantou a taça.

Aí vejo gente cornetando até o novo reforço (que eu não conheço, mas tenho referências incríveis): o cara não deve ter personalidade, não quis usar a 10. Então, vou explicar uma coisa para vocês: o Brasil foi o último país a adotar numeração fixa no futebol. Enquanto todos os países fazem isso há décadas, o Brasil começou nos anos 2000. Por conta disso, temos umas místicas com números que SÓ existem aqui.

Cruyff, por exemplo, foi o maior jogador de futebol nascido na Holanda. Ele podia escolher qualquer camisa. Sei lá o porquê, ele gostava da 14. Só jogava com a 14. Ballack, Gerd Muller e Loco Abreu usavam a 13. Pirlo, a 21. Biehoff (lendário centroavante alemão), gostava da 20; como o Deco. Iniesta só usou a 6. Beckenbauer a 4.  E se fuçarem, acharam tantos outros exemplos.

Nessas horas acho até bom que os estádios estejam vazios. Não duvido que a geração Nutella pós-2013 iria sábado com disposição a vaiar o time, e que vaiaria o empate contra o Fluminense...

Para um time, sobretudo de fora do eixo, ser campeão Brasileiro ele precisa jogar contra tudo e contra todos. Então, nós não podemos jogar contra. Não caia na onda da imprensa: confie, acredite, vamos até o fim com Galo. Afinal, não torcemos pelas vitórias, torcemos pelo Clube Atlético Mineiro