É uma regra
matemática: quanto maior a sequência de qualquer coisa (vitórias, derrotas,
invencibilidade), mais próxima ela está do fim. Era óbvio e lógico – por mais
que torçamos contra o vento – que uma hora a sequência de vitórias seria
interrompida. Ela foi interrompida na segunda e, por mais estranho que possa
parecer, em uma hora bem conveniente.
Lógico que não
há hora boa para interromper uma sequência de vitórias, mas existe horas ruins.
Entramos sabendo o resultado do Palmeiras – derrotado – e do virtual vice-líder
Flamengo – empate. Na pior das hipóteses, perderíamos um ponto de distância
para o time do Rio. Daí a importância do gol do Sasha: nem isso perdemos.
Ganhamos um ponto de distância do Palmeiras e mantivemos os Urubus no mesmo
lugar.
Não há que fazer
estardalhaço sobre isso. Aliás, uma repetição deste resultado amanhã não seria ruim.
Mas o foco deste blog é o Brasileirão. Temos ainda dois jogos muito difíceis
para completar o turno. O Bragantino fora – que já tirou ponto dos nossos dois
adversários – e o Grêmio em casa, partida que foi adiada (o maldito asterisco).
É hora de manter serenidade, fazer as contas e jogar bola. Não temos que nos
preocupar com os adversários, eles que têm que se preocupar conosco.
Me desculpem, inclusive,
se foco tanto no jogo contra o Bragantino, é porque este atleticano que vos
escreve ainda não viu o Brasileirão e estou muito esperançoso que este possa
ser o ano. Por isso, também, apesar dos desfalques, me incomoda o adiamento da
partida contra o Grêmio. Neste momento, com a fase atual dos gaúchos, jogando
em BH, era obrigação de vitória. Mas sabe-se lá o que acontecerá até o dia do
jogo... Esses jogos atrasados geram na gente uma expectativa que, às vezes, não
se cumpre – vide ano passado. Lembrem-se que o Galo jogaria contra os falsos na
pior fase dos paranaenses e na nossa melhor fase. O jogo aconteceu na pior fase
do Galo e com surto de COVID.
Mas um jogo por
vez. Primeiro temos a missão de voltar vivos do Rio de Janeiro, o que é, aliás,
provável. Depois, uma missão mais difícil contra o excelente Bragantino em
Bragança – lembrando que eles ganharam do Palmeiras no Allianz e empataram com
o Flamengo no Maracanã. Esses dois resultados serão importantíssimos até pelo
adiamento das partidas: o Galo só voltará a jogar mais de uma semana depois e
uma coisa é pausar com a confiança em alta e em paz com a torcida, outra é trabalhar
com viés de queda.
Em síntese, esqueçam
a segunda-feira. O resultado não foi uma aberração – apesar do pênalti duvidoso
marcado e de um pênalti claro no Nacho sonegado. Aconteceria, cedo ou tarde, e
aconteceu em um momento em que poderia acontecer: em que os rivais não fizeram
a parte dele – e já sabíamos disso. Por isso, simplesmente, bola para frente.
Amanhã tem mais.