segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Rasgaram-se as fantasias: prazer América, este é o Galo


Carnaval em Cabo Frio bombando. Na quarta feira de cinzas, dia de rasgar as fantasias, quem animava festa na famosa e mineiríssima Praia do Forte era o Naldo. Enquanto isso, salvos pela imagem errante da Fox Sports, que pegava mal, mas pegava na TV à cabo da casa em que estávamos trocamos o carnaval pelo jogo do Galo. E o que vimos na televisão foi muito melhor do que qualquer show que pudesse agitar as areias de Cabo Frio.

Um primeiro tempo irretocável, aliás, quase irretocável. Já que, se fosse perfeito, o Galo teria feito ao menos uns 4 gols no freguês paulista. Finalmente estávamos assistindo o Galo de 2013, o Atlético que o Cuca estava preparando para América. Um time com vontade, com gana e com bola, muito diferente do que assistimos nos dois primeiros jogos do ano,  um time sem a fantasia usada no campeonato Mineiro de 2013, que será apenas para experimentar e dar ritmo de jogo ao time que tem aspirações muito maiores neste ano.

Nesta mesma tarde havia assistido Manchester United e Real Madrid e, sem medo da comparação, no primeiro tempo a marcação do Galo se comparou aos melhores momentos defensivos da equipe inglesa na capital espanhola. O São Paulo ficou acuado e sem espaço para jogar, enquanto o Galo, com uma movimentação que não deixa nada a desejar ao melhor do futebol europeu, habitava o campo do tricolor paulista, vulgo freguês. O esquema com 4 homens de frente flutuando apoiado pelos laterais sufocou o São Paulo, que só não tomou de mais porque o Galão da Massa ainda estava sem ritmo e cansou no segundo tempo (graças a Deus aquela bola do Ganso no disparate do Marcos Rocha não entrou).

Mas para que o esquema ofensivo ousado de Cuca funcionasse, para que o Ronaldinho fizesse duas assistências espetaculares, sendo uma folclórica, dessas que ficarão marcadas na história, que os comentaristas de futebol das futuras gerações se lembrarão (ou esse jogo não ficará conhecido eternamente como o jogo da água do Ronaldinho?), assistência o inglês The Sun julgou ser o lance mais genial da carreira do Ronaldo; muita gente teve que jogar bola. Óbvio que o R10 foi o melhor em campo disparado, mas, para isso, Victor novamente teve que fazer defesas espetaculares. E como é bom ter um goleiro seguro. A dupla de zaga teve que ser quase perfeita e a de volantes nem se fala. Que partida fizeram Leandro Donizete e Pierre.

Só para constar,  ontem o Galo jogou  razoavelmente, em mais uma partida de preparação para a Libertadores.

América, prazer, este é o Galo.