segunda-feira, 15 de abril de 2013

Se for importante assim, que acabe


O time reserva do Atlético tem capacidade, bola e obrigação de ganhar da Caldense, fato. Tem nomes para isso. Concordo plenamente que o Cuca deu uma de professor Pardal, não colocando uma formação mais parecida com a titular, com o Morais no lugar do Serginho. É certo que a insistência com o Araújo só pode ser teimosia,que a entrada do Leleu foi injustificável com o Berola no banco e que o Serginho tem QI de ameba. O Carlos César foi infantil e irresponsável, também evidente. O Giovanni saiu pessimamente na bola do primeiro gol, outro fato. Aliás, tudo isso são fatos incontestáveis. 

Ainda assim, foi um acidente de percurso, um ponto fora da curva, em um jogo que não valia nada, aliás cuja serventia única era observar e dar ritmo. Particularmente tenho gostado das atuações do Guilherme, creio que o Morais também tem evoluído que o Josué fará um bom papel, enfim, esse é o nosso objetivo no Campeonato Mineiro. Não dá para tratá-lo como o maior campeonato do mundo e focá-lo. Muito pior é começar a cornetar o time pela partida de ontem, que, repito, foi um acidente de percurso em um jogo que não valia, insisto, nada.

Gente cornetando o Cuca por ter levado os reservas, mas queria ver se levasse os titulares e um deles se machucasse e tivesse ficar de fora do jogo contra o São Paulo na quarta. Gente cornetando os jogadores do time titular que estavam no Axé. É demais. Como qualquer outro ser humano, atletas tem direito de se divertir. Conheço vários que o fazem sem prejudicar seu desempenho. Eu mesmo em uma balada encontrei alguns jogadores do Atlético que treinariam no dia seguinte às 12:30. Se no dia seguinte você vai trabalhar às 12:30, qual o problema de ir a uma balada? Ninguém faltou ao treino por isso, o time está bem, física e tecnicamente e atletas são seres humanos e como tal tem direito de se divertir e ter uma vida social, desde que não prejudique seu desempenho profissional. Não tem prejudicado.

E isso tudo por conta de um 2 X 1 que quebrou um tabu de 55 jogos sem derrotas para times do interior. A grande pergunta é: e dai? Isso é cair na pilha dos rivais, que disputam o Mineiro de 2013 como a Champions League, porque é o que resta, que dizem que os times do interior são melhores que Arsenal e Strongest, para tentar diminuir nosso feito, embora esse despeito só nos faz engrandecer. Sério, de que valem ou valeriam 3 pontos contra a inexpressiva Caldense em face ao risco de perder um Réver, um Ronaldinho, um Jô, enfim, qualquer um para o duelo da Libertadores. 

Curtir Mineiro é bom quando não se tem mais nada. Ano passado, por exemplo. Tínhamos que ganhar. Era o melhor time, eliminado precocemente em uma fatalidade na Copa do Brasil e fora da Libertadores. Aquele título invicto era obrigação. Hoje, com a Libertadores se afunilando, o Mineiro é um campeonato que tem sua importância como pré temporada e avaliação de jogadores. É um campeonato que quando ganhamos não podemos nos vangloriar, mas que, em situações como a de ontem, não podemos nos preocupar com a derrota. Gosto muito do estadual, mas no dia em que ele tiver  importância a ponto de destabilizar o que está dando certo, melhor que acabem com ele.