segunda-feira, 27 de maio de 2013

O país das maravilhas

Ontem foi um dia péssimo para o torcedor atleticano. Nosso rival goleou o potente esquadrão esmeraldino goiano, cujos destaques são Dudu Cearense, Araújo, Renan Oliveira e Walter. Time quase imbatível, rival direto do Cruzeiro na busca pelo título. Com o resultado de ontem, com 37 rodadas de antecedência o Cruzeiro sagrou-se campeão brasileiro, de modo que a comemoração foi merecida, muito mais do que do já esquecido título mineiro do Atlético. Enquanto isso, no sul do Brasil, o Galo, inteiro, time principal, descansado, perdeu, vergonhosa e copiosamente para o fraquíssimo Coritiba, que, sobretudo em seus domínios, não ameaça ninguém. O jogo foi ridiculamente fácil para o Coxa, que não teve nenhum trabalho em derrotar um time que está completamente focado no Brasileirão.

Esse é o mundo maravilhoso que os cruzeirenses estão vivendo hoje, o mesmo que transforma o mineiro de Rural à Champions League, dependendo única e exclusivamente de quem o vence. Só para constar, o Cruzeiro, que vai brigar entre a 6ª e a 4ª posição do Brasileirão, atropelou um time horroroso, que deve ser rebaixado. Falando do que interessa, o resumo do Galo ontem é que um time, quase titular, extremamente cansado e desgastado, com a cabeça onde tem que estar, ou seja na Quinta Feira, deu um enorme trabalho ao razoável Coritiba, que só ganhou nos acréscimos, após um erro do juiz – o que não justifica. Ainda que o jogo não tenha tido muita importância, creio eu que o Cuca errou.

O primeiro erro foi não entrar com um time 100% reserva. O desgaste das 20 horas de viagem, sem quase nenhum descanso estava visível sobretudo em Bernard, que independentemente disso, e ele mesmo reconheceu, não vem bem, e no Tardelli, que acabou o jogo morrendo. Mesmo assim, ainda não entendo algumas escolhas. Sinceramente, creio que o Michel poderia ter uma chance no lugar do Carlos César, que é um ala. Acho também que Morais e Berola são infinitamente superiores ao Leleu. Por fim, o Cuca, ao meu ver, não deveria ter mantido o Tardelli até o final da partida.

Isso pouco importa. O que interessa é que no mundo real, sem nenhuma fantasia, jogamos uma decisão quinta. Estamos com um pé na semi final do torneio mais importante do continente, torneio do qual somos os melhores disparados e favoritos. Assim, apesar de tristes com o resultado de ontem, sabemos que o campeonato para o Atlético começa neste Domingo por quatro rodadas e depois vai parar novamente para a fase mais aguda da Libertadores. Eu vivo o mundo real.