Finalmente acabou. A Copa das
Confederações, o futebolzinho ópera da FIFA se findou e voltará a dar lugar ao
que gostamos, o verdadeiro futebol, sem essa frescurada toda de padrão FIFA.
Poderemos, enfim, voltar a torcer em paz. Não aguentava mais domingos sem jogos
do Galo, abrir os sites e jornais e não ver nenhuma novidade oriunda de
Vespasiano, não fosse à expectativa pela recuperação do Pierre, que, graças à
Deus se confirmou. Na última quinta, já
voltei a sentir o gostinho do futebol, na parte amarga, é verdade. Mas quando
enfrentei 7 horas de fila para
conquistar, e a palavra é essa mesmo, meu ingresso para o jogo de volta da
semifinal da Libertadores entre Galo e Newell’s no Horto, já senti o ar do futebol voltando à BH.
Aliás, esta semifinal, será a
grande reabertura do futebol na América do Sul, com o jogo de quarta em
Rosário. Jogo pelo qual não só já anseio, como já comecei os meus tradicionais
rituais anteriores às partidas decisivas. Barba, por exemplo, só faço na
quinta. Não que eu seja supersticioso, mas se tem dado certo, não é hora de
testar se funciona ou não. Admito que mudei uma tradição no dia do Atlético e
Tijuana e o resultado quase foi desastroso. Para quê arriscar? Se não ajuda manter minhas loucuras, atrapalhar não
vai. Realmente é a volta do futebol, a
volta das superstições, dos rituais, do coração disparado, da ansiedade. Coisa que não acontecia no mês do futebol ópera. Volta, aliás, que será em
grande estilo, já que, pessoalmente considero que Atlético e Newell’s a final
antecipada da Libertadores, com todo
respeito ao Santa Fé e ao Olímpia.
Não temo o Newell’s nem com os
desfalques, dos quais o Leandro Donizete como jogador e o Réver como líder são
os mais sérios. Ainda que eles sejam um bom time, por mais
que sejam perigosos, por mais mereçam todo o respeito e cuidado de nossa parte
(lembremos o quase desastre mexicano na fase anterior), não é um time superior
ao Galo. Diga-se de passagem, não me pareceu superior nem ao Tijuana. Mas o Atlético,
como o próprio Newell’s, estavam em descendente - em nível de futebol - antes
da Copa das Confederações. A parada foi providencial, mas os resultados dela ainda são incógnitas.Os desfalques são azer, o Leleu fazer parte do grupo que vai à Argentina, uma insanidade. Mas, no geral, somos melhores. Assim, se
o Galo tiver humildade e coragem, porque todas as vezes que se acovardou se deu
mal, temos qualidade suficiente para voltar de Rosário com um bom resultado para sacramentar uma possível passagem para final em nossa casa.
Enfim, voltou o verdadeiro
futebol, daqueles que a gente gosta, podemos enfim voltar a assistir jogos em
pé e ver de novo a nossa verdadeira seleção: a que veste preto e branco,
conhecida como Clube Atlético Mineiro.