Não me preocupa nenhum pouco a
situação do Galo no Brasileiro. É mais do que evidente que é temporária, que
decorre de falta de entrosamento, do foco na Libertadores e de um massacre psicológico.
Já falei também de algumas posturas da diretoria que considero erradas, como a venda
do Morais. Disse ainda do técnico Cuca e suas invenções. Mas isso não é mais
desculpa. Não é porque estamos disputando a Libertadores que devemos nos acostumar
com a derrota, especialmente como a de Santos. Não pela experiência que o Cuca
fez com Marcos Rocha no meio, que eu acho válida, e que acho também que ele fez
a correção corretamente no intervalo. Não pela insistência do R10 no comando do
ataque mesmo sem marcação individual. Não pela falha do Victor, que tem muito
crédito. Isso era facilmente superável.
O que incomoda, não preocupa, mas
incomoda muito é a postura do Galo em campo. A equipe do Santos estava muito
enfraquecida. Diferentemente da partida contra o Vasco, em que o Galo, não
fosse o devaneio do Cuca, ganharia o jogo naturalmente, quarta o Atlético não
empataria nem se estivesse jogando até agora. Por um motivo muito simples: o
time não estava afim. Mesmo tomando de um a zero, desfalcado e torto em campo,
se via claramente em campo que mesmo com os reservas o Atlético tinha condição
de ganhar facilmente do Santos. Bastava o básico. Querer. É óbvio que
precisamos de um banco mais forte, mas o Galo entrou em campo de férias na
quarta, sem a menor vontade de jogar. Não dá nem para discutir atuação
individual em uma partida tão bisonha.
Mas isso não é crise. Sabemos e
vimos a capacidade do time de jogar futebol quando quer. Sem máscaras, sem
oba-oba (afinal até agora só ganhamos o Mineiro) temos condição de fazer 2013
entrar para história. O primeiro passo para isso é querer. A casa não tem que
ser arrumada, como muita gente quer dizer. Ela está organizada. Precisa apenas
de um repouso para voltar com tudo em Julho. E dia 2 é o dia, o jogo mais
importante do Atlético desde 1971. Agora, por falta de assunto, vou postar
esporadicamente, caso aconteça alguma coisa. Até Julho.