sexta-feira, 5 de julho de 2013

No se olvidan que el infierno espera por ustedes

Esqueçam a quarta feira. As críticas e resenhas, guardem-nas para outra hora.  O momento agora de provar porque somos diferentes. Não me venham com hashtags e campanhas #euacredito, #eutenhofé.   Tampouco, tentem aparecer na imprensa chorando e fazendo drama. Não reclamem de juiz, não lamentem quem faltou, ou a bola que não entrou . Não é para isso. Quando os são-paulinos perderam para o Galo em casa e tinha que reverter o resultado aqui, era desesperador para eles. Não é nosso caso. Perder fora de casa para um time de nível similar, um pouco inferior, mas similar, por 2 X 0 é normal. Pode parecer algo extraordinário em jogos com gols qualificados, mas ainda assim não é nada de complicado.

O time do Newell’s é mais fraco do que o Atlético, e o zagueiro da direita e o goleiro, se já estavam doidos para entregarem a paçoca em Rosário, o que dirá aqui. Não é uma tarefa tão árdua. Em uma situação normal, ganhar do Newell’s no Independência por dois a zero para ir aos pênaltis ou de 3 X 0 para classificar não é nenhum absurdo. O time só tem que ter a consciência que o primeiro gol, pela ansiedade, é o mais difícil de ser feito, depois a porteira abre. Mas, tem que se marcar um gol de cada vez e com bastante calma e cautela porque não se pode tomar gol. Isso, como disse, em uma situação normal. Mas, Horto, por si, nunca é uma situação normal e na próxima quarta o ambiente será diferente até para o Independência.

No dia 10, vamos transformar aquele caldeirão em um inferno, no pior sentido possível. Vamos pressionar o juiz, desde a hora em que ele chegar no estádio. Os jogadores do Newell’s, chegando em Confins, têm que sofrer com nossa torcida, foguetes no hotel, pressionar o ônibus, temos que fazê-los tremer de todas as formas possíveis. A chegada dos Leprosos no estádio tem que ser traumatizante para eles. O caldeirão será o inferno, literalmente. Fogos, cantar sem parar durante todo o tempo, apoiar, pular, mostrar que somos diferentes. A cada vez que um leproso chegar próximo a arquibancada ele tem que tremer e temer.

Se você comprou o ingresso e não está disposto, não acredita, não vai para apoiar os 90 minutos, não vai para assustar o Newell’s, pressionar o árbitro, levar o Galo na garganta; passe seu ingresso para frente e não perca tempo indo ao estádio. Muito ajuda quem não atrapalha. Vá ao Independência se você estiver disposto a transformar o Horto em um verdadeiro inferno, desde às ruas até o campo, quem não for Galo tem que temer estar ali. Pressionar o juiz a cada marcação, fazer com que ele se torne caseiro, como o chileno em Rosário. Fazer o time e a torcida leprosa tremerem, fazer o Galo jogar, nem que seja no grito. Aliás, vamos ganhar o jogo nem que seja no grito.


Os argentinos e os nossos rivais já nos dão como mortos. Os jogadores do Atlético não podem crer nisso. Nós não podemos nos levar por isso. Aqui é Galo. Não se defende um pênalti aos 48 do segundo tempo de uma quartas de final da Libertadores em vão. Não se salva de cabeça e no corpo duas vezes seguidas em cima da linha um gol em uma semifinal de Libertadores na Argentina em vão. Se os jogadores tiverem alguma dúvida, elas se acabarão no momento em que eles pisarem no estádio, ao nos ver e nos ouvir. Os jogadores argentinos vão deixar de ter a certeza da vitória na hora em que pisarem no gramado, ou melhor nas brasas que virarão o chão do Horto para eles. O inferno aguarda os Leprosos. Mexeram com o time e a torcida errada. Preparem-se, é a nossa hora. A hora de provar o que é a torcida do Galo, porque somos famosos e porque somos diferentes. Sem querer ser profeta, acho que 3 X 0 o Galo faz no primeiro tempo. Aos 35 do segundo tomamos um gol e aos 43 vamos nos classificar, no sufoco, como sempre. O jogo será 4 X 1, com sangue, suor e lágrimas. Bienvenidos al infierno, Leprosos.