quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Não inventa, Levir!

A ansiedade pré clássico é sempre normal. Jogo, decisão, sem favoritos. São 180 minutos, nós contra eles e nada mais. Estar invicto contra o Cruzeiro em 2014, neste momento, pouco importa. Só importa a vitória, o título. E a taça tem de ser alicerçada no Horto, em nossos domínios, com a nossa pressão. São 80 jogos e apenas 3 derrotas. No Horto são 8 jogos invictos contra o Cruzeiro. Mas tabus só existem fora de campo.

Nas duas últimas vezes em que o Atlético chegou em uma decisão inédita, Libertadores e Recopa, levamos. A sorte épica das fases anteriores também remontam o filme da Conquista da América. Mas, na hora de entrar em campo, tudo isso vira estatística e história.

Sinceramente, para esta noite tenho apenas um receio. O mestre Levir. De vez em quando ele gosta de inventar. Nos idos dos anos 90 era comum o Levir Culpi amarelar e arregar justamente nas horas decisivas. Por isso ficou acumulou vice campeonatos e ficou conhecido como Levice.

Essas mudanças, em geral, eram conservadoras e traziam o time para trás, como fez com o próprio Cruzeiro na final do Brasileirão de 1998 contra o Corinthians. Fez também na primeira partida das quartas de final contra o Flamengo no Maracanã, sacando o Luan para colocar o Pierre e jogar com dois volantes. No segundo jogo, por falta de opção, fomos para o tudo ou nada, como sabemos jogar.

Sempre que atuamos covardemente fomos mal. Não é hora de inventar e é, sim, a hora de atacar. Hora de entrar em campo como se tivesse perdido a primeira por 2 x 0, afinal, não teremos o Horto na decisão. Não tem mistério, um cabeça de área e o Dátolo fazendo o papel de segundo volante, onde, inclusive, ele vai bem melhor.  Victor; Marcos Rocha, Leo Silva, Jemerson e Douglas Santos; Donizete, Dátolo, Luan e Maicosuel; Tardelli e Carlos. É isso e vamos para cima deles. 

Para cima com tudo que temos e explorando as fraquezas do adversário, as quais também não são segredos: bola aérea e apertar a saída de bola. Eles adoram entregar uma paçoca. Mas não se enganem, suas fraquezas defensivas são exatamente seus pontos fortes na frente: então todo cuidado com a bola alta e a posse de bola defensiva.

De qualquer jeito, hoje é dia de ver o melhor mandante do mundo jogar. E não adianta, não há Rivotril que me acalme, não há nada que me faça tirar a cabeça do jogo. Esse sentimento só vai passar lá, no Horto, esperando para entrar no campo; quando vejo não ser o único cujo corpo e alma estão complemente comprometido pela ansiedade.


Pra cima deles Galo! Eu acredito!