O resultado
foi bom. Poderia ser melhor. Pensando melhor, não poderia. A não ser se fosse
de 5 para mais, melhor não ficar muito folgado. Temos de manter o foco. Nós
somos a prova viva de que 2x0 significa pouco, sobretudo quando carregado de
arrogância. Não tem nada ganho, nem perto disso, ainda faltam 90 minutos.
É hora de
focar e ser humilde. Como disse o Levir, humildade e coragem. Humildade para
entender um resultado em aberto e a coragem para atacar quando preciso for.
Falta um jogo para uma possível façanha. Mas nada acaba antes da hora, ninguém
perde ou ganha de véspera. Não é hora de
tramela. É hora de relembrar que os arrogantes estão do outro lado da Lagoa.
Nós, humildemente, somos guerreiros.
Vantagem
não quer dizer muita coisa. O importante é o resultado final. Por isso, a
ansiedade não diminuiu. A vida, um pouco mais feliz hoje, ainda não voltou ao
normal. Queria que a decisão fosse amanhã, quero ver um Galo empolgado, suando
o sangue, do jeito que gostamos.
Não podemos
também esquecer o Brasileirão. Afinal, temos de cercar a Libertadores de todas
as formas. Óbvio o foco é a taça e poupar é necessário. O time que ganhou do
Palmeiras no último sábado, pode facilmente repetir o feito no Horto contra o
Figueira.
O jogo
seguinte, contra o Flamengo, uma semana antes da grande final, dá para colocar
o time titular. Mesmo porque se trata de um grande rival, um rival histórico e
mordido pela derrota histórica sofrida no Mineirão. Depois, contra o Inter,
fica por conta do Levir. Eu pouparia.
Com relação
à última partida, o Levir me provou ter mudado. O melhor é que aprendeu como
marcar o Cruzeiro, "melhor time do país". Entretanto, somos humildes, não somos
Flamengo, não somos o Corinthians. Somos o Atlético. Não subestimamos nenhum
adversário, não entramos de salto alto, sob nenhuma hipótese. Se quiser ser campeão, o Atlético tem de
seguir sua receita de suar sangue e ser inigualável na vontade.
Eu
acredito, sigo acreditando. Mas nada no Galo é fácil, não vamos nos iludir ou
cantar vitória antes da hora, afinal, o jogo só termina, quando o juiz apita.