O Atlético pode entregar muito mais, mas a teimosia do Levir Culpi está colocando em risco a nossa classificação às oitavas da Libertadores em um vexame histórico. Sim, mais uma derrota e mais uma vez vai para conta do asno - pela teimosia - no comando.
Para mim está mais do que claro: o Levir não liga mais para os resultados, para ele o importante é calar a boca de todo mundo, provar que ele está certo e o mundo errado. Acontece que dificilmente o mundo inteiro está errado. É aquela velha história, se você enxerga problema em tudo, provavelmente o problema é você.
As entrevistas do Levir são outra prova que não há traço algum de convicção, senão a teimosia do burro sem sorte. O jogo narrado pelo Levir na coletiva não é o mesmo que todos viram. Suspeito que nem ele tenha visto o jogo que diz aos repórteres, mas precisa de subterfúgios para esconder a teimosia. A questão é que tais subterfúgios são fracos que acabam caindo na incoerência. Categoricamente, Levir afirmou que não pode ficar mudando o time e o esquema a cada tropeço, que futebol se faz de repetição. Concordo. Mas a grande questão é: então, por que cargas d'água ele mudou o time e o esquema quando estava dando certo?
O time do Atlético é mal treinado, mal escalado e desorganizado. Confesso que não esperava do Levir um time organizado e bem treinado, tanto que, à época de sua contratação sugeri uma dobradinha entre ele e o Larghi. Esperava do Levir mais ousadia, ainda que desorganizada, o Levir que jogava no Galo Doido, só com um volante, para fazer e tomar 4. É óbvio que para ganhar a Libertadores ou o Brasileirão é necessário um time mais organizado e um elenco mais encorpado, mas para ganhar do Cerro e do Nacional, não. Era preciso apenas saber distribuir as camisas. E qualquer um sabia como distribuí-las, menos o Levir. Ou melhor, até ele sabia, mas para ele ganhar se tornou absolutamente secundário.
Contra o Nacional o mundo inteiro sabia qual time deveria ter entrado. Pelo nível do time uruguaio ficou claro até que o time que outrora havia jogado em Montevidéu venceria a partida de ontem. Mas Levir foi teimoso e pagou o preço.
Dito e feito. Nacional marcou, em um cruzamento pela esquerda no qual o Patric não aparece nem no replay. Só assim o Levir mudou e demonstrou mais uma vez que se trata tão somente de teimosia, do prazer sexual de dizer ao mundo que só ele estava certo: assim que sofreu o gol, colocou em campo o time que TODO MUNDO sabia que deveria ter começado o jogo e que, na pior das hipóteses, deveria ter voltado para o segundo tempo. Era tarde. A teimosia custou caro, pode valer a classificação, perdida para dois times muito piores e cedida pela covardia teimosa do burro que perdeu a sorte.
À diretoria cabe chamar o treinador em um canto. Cobrar o óbvio, já que ele não demonstra nenhum incômodo com a situação, tampouco compromisso com a vitória. É preciso um ultimato e se ele persistir na teimosia, que já ultrapassou o limite da burrice, infelizmente tem que trocar, aproveitar o grande intervalo até o próximo jogo. Particularmente, espero que ele ponha a mão na consciência, deixe de lado a teimosia e seja humilde. Confesso porém ser mais torcida do que crença.