O não eu já tenho

Confesso que a triste revelação da situação do Adilson na sexta amenizou a minha percepção da atuação do Galo quinta-feira. Estava claro que os jogadores já sabiam da situação e que isso pode ter afetado o desempenho em campo. Mesmo na fúria pós-derrota, antes de saber do problema com o Adilson, comentei que o Galo perdeu para o emocional, que desabou com o primeiro gol do rival. Na sexta-feira essa instabilidade se justificou, por mais que o estrago já estivesse feito.

Obviamente, meu ingresso para quarta já estava comprado. Igualmente óbvio é que estarei lá, acreditando. A situação é comparável a uma paquera na balada: o não, eu já tenho. Ou seja, a eliminação, a esta altura, é o que temos. Me darei por satisfeito com uma vitória honrosa e digna, ainda que insuficiente. O sim, neste caso, a reversão, é o épico. Se acontecer, quero ser testemunha. Se não, repito, que venha uma vitória honrosa e digna.

Somos atleticanos, por isso acreditar é algo que está em nosso DNA. E eu acredito. Acho que os caras vão lutar, correr, por eles e pelo Adilson, e deixar a vida em campo. Meu palpite é que vamos ganhar nos pênaltis e lavar a alma. Repetir o que fizemos em 2014 com o próprio Mano.

Sobre ontem, a decisão de jogar com os reservas foi correta. Só, apesar do gol salvador, teria entrado com o Nathan no lugar do Vinícius. Também não deixaria o Pastor bater o pênalti. Manda o Otero afundar o goleiro! Penso, ainda, que o sistema defensivo PRECISA de muito trabalho e que, cedo ou tarde, Jair será titular.

Mas, voltando ao que interessa, eu acredito. E vou acreditar E o não, nós já temos. Portanto, vamos, mais uma vez, em busca de fazer história, afinal, como diz o João Guilherme, narrador da Fox Sports, não é milagre, é Atlético Mineiro