Fiquei muito surpreso com ar reações após a derrota para o Colón. Parecia que o Galo estava eliminado da Sul-americana, que a volta era desnecessária e que nada presta, do roupeiro ao presidente.
Um dia antes, os falsos foram campeões da Copa do Brasil diante do Inter, com uma bela entregada do professor colorado que se comportou como se treinasse um time de Elifoot 98, os mais novos busquem no Google. A pauta em toda a imprensa no dia seguinte era o porquê os falsos, com tão pouco, conseguem mais. A resposta é tão óbvia que pensei em escrever no dia seguinte, mas confesso, tive preguiça.
Sem medo de errar, afirmo que as tais façanhas dos falsos só são possíveis porque eles NÃO são grandes e que, usando a camisa de qualquer gigante, esse projeto já teria afundado. De todos os jornalistas que ouvi falar sobre o assunto apenas um tocou nessa questão, o Eduardo Panzi da 98. Mas com menos contundência e profundidade do que, ao meu ver, ela merece.
Começarei pelo depoimento do próprio Tiago Nunes. Rodrigo Santana estava no Bola da Vez da ESPN. Não sei desde quando eles fazem isso, mas agora outros personagens do esporte participam da entrevista com perguntas ou comentários gravados. Na do técnico do Galo três foram os participantes: Fábio Santos, Fábio Carile e Tiago Nunes.
Nunes, antes de fazer a pergunta ao Rodrigo, disse COM TODAS AS LETRAS: "aqui a pressão da imprensa é bem menor". E não adianta fingir. A imprensa forma a opinião do torcedor e, exceto por uns dirigentes mais picas, como o Kalil, os caras sentem o clamor da arquibancada (Nepomuceno que o diga). Se o Galo - para falar da nossa paixão - contratasse os mesmos caras contratados pelos falsos no início do ano, a imprensa mineira iria cair de cacete e queimaria os caras antes de jogar. Antes de ser redescoberto pelo Rodrigo, o Jair, por exemplo, era considerado mais um estorvo trazido pela diretoria.
O Marco Rúben, que muita gente hoje diz que devia ter sido trazido pelo Galo, saiu do Rosário por baixo. Estava mal. Se tivesse vindo pra cá, iriam achincalhá-lo. Falar disso hoje é ser engenheiro de obra pronta. As chances dele dar errado eram enormes, e seriam ainda maiores se tivesse vindo para cá. O Márcio Azevedo, lateral-esquerdo, certa vez foi cogitado no Galo e caíram de pau no cara. O Wellington, ex-Inter é outro que não serviria. Nikão, gente, é formado no Galo! Vocês imaginam se, no início do ano, o Atlético contrata o Rony, vindo lá do Paysandu, Remo, sei lá, o tanto que as cornetas retumbariam?! "Tem que trazer jogador que decide"... e por aí vai. Se me perguntassem qual jogador dos falsos eu queria no Atlético, só o Bruno Guimarães, mas esse é muito diferenciado.
Um dia antes, os falsos foram campeões da Copa do Brasil diante do Inter, com uma bela entregada do professor colorado que se comportou como se treinasse um time de Elifoot 98, os mais novos busquem no Google. A pauta em toda a imprensa no dia seguinte era o porquê os falsos, com tão pouco, conseguem mais. A resposta é tão óbvia que pensei em escrever no dia seguinte, mas confesso, tive preguiça.
Sem medo de errar, afirmo que as tais façanhas dos falsos só são possíveis porque eles NÃO são grandes e que, usando a camisa de qualquer gigante, esse projeto já teria afundado. De todos os jornalistas que ouvi falar sobre o assunto apenas um tocou nessa questão, o Eduardo Panzi da 98. Mas com menos contundência e profundidade do que, ao meu ver, ela merece.
Começarei pelo depoimento do próprio Tiago Nunes. Rodrigo Santana estava no Bola da Vez da ESPN. Não sei desde quando eles fazem isso, mas agora outros personagens do esporte participam da entrevista com perguntas ou comentários gravados. Na do técnico do Galo três foram os participantes: Fábio Santos, Fábio Carile e Tiago Nunes.
Nunes, antes de fazer a pergunta ao Rodrigo, disse COM TODAS AS LETRAS: "aqui a pressão da imprensa é bem menor". E não adianta fingir. A imprensa forma a opinião do torcedor e, exceto por uns dirigentes mais picas, como o Kalil, os caras sentem o clamor da arquibancada (Nepomuceno que o diga). Se o Galo - para falar da nossa paixão - contratasse os mesmos caras contratados pelos falsos no início do ano, a imprensa mineira iria cair de cacete e queimaria os caras antes de jogar. Antes de ser redescoberto pelo Rodrigo, o Jair, por exemplo, era considerado mais um estorvo trazido pela diretoria.
O Marco Rúben, que muita gente hoje diz que devia ter sido trazido pelo Galo, saiu do Rosário por baixo. Estava mal. Se tivesse vindo pra cá, iriam achincalhá-lo. Falar disso hoje é ser engenheiro de obra pronta. As chances dele dar errado eram enormes, e seriam ainda maiores se tivesse vindo para cá. O Márcio Azevedo, lateral-esquerdo, certa vez foi cogitado no Galo e caíram de pau no cara. O Wellington, ex-Inter é outro que não serviria. Nikão, gente, é formado no Galo! Vocês imaginam se, no início do ano, o Atlético contrata o Rony, vindo lá do Paysandu, Remo, sei lá, o tanto que as cornetas retumbariam?! "Tem que trazer jogador que decide"... e por aí vai. Se me perguntassem qual jogador dos falsos eu queria no Atlético, só o Bruno Guimarães, mas esse é muito diferenciado.
Por outro lado, se os jogadores do Galo usassem a camisa dos falsos seriam uma máquina. E não é só questão de nomes. É a ideia de trabalho em longo prazo, ideia de jogo e convicção. Tempo ao tempo, não só por parte da diretoria, mas pela compreensão e paciência da imprensa e torcida. Queremos tudo para ontem, ainda mais que o rival ganhou duas Copas do Brasil (embora ainda veremos a que preço).
De fato, não sei se agora o sarrafo subirá para eles, bem como as cobranças de desempenho e contratações por parte da imprensa e torcida. Mas aí é papel do dirigente ser convicto, escudo da sua crença. E não o contrário. Por aqui, tivemos apenas um, o Kalil. Se bem que, para a tranquilidade maior deles, os rivais estão na série B, portanto a pressão quase que desaparece.
Só para vocês saberem, o tal trabalho dos falsos, hoje tão elogiado por todos, começou com dois caras: Rui Costa e Júnior Chávare, ambos no Galo hoje. Em entrevista à 98 um ex-analista de desempenho do Cruzeiro, que acompanha o Mano, revelou que o Atlético tinha contratado dois dos melhores do Brasil e certamente os melhores com quem havia trabalhado (no Grêmio à época). Foi Rui Costa, por exemplo, que levou o Tiago Nunes do Grêmio ao CAP, à época para treinar a base. Foram as mudanças implementadas por Chávare que revelaram Bruno Guimarães e Renan Lodi. Mas isso não aconteceu nem acontece da noite para o dia.
Obviamente, você pode ser irresponsável montar uma máquina e ganhar tudo em curto prazo. Vai arcar com as consequências disso, basta ver o caos do outro lado da lagoa. Por outro lado, você pode pensar em projetos de longo prazo que não darão resultados na hora, mas que, quando prontos, darão resultados mais consistentes e duradouros. Athletico, Grêmio e Flamengo são os exemplos mais claros disso no futebol brasileiro.
Acontece que aqui queremos tudo para ontem. Achamos que o papel do diretor de futebol é só contratar e montar uma máquina para ontem. Criticam o cara por não ter trazido o Luciano... O trabalho é de médio e longo prazo, consiste em reformular todo o departamento, da base ao profissional, reestruturar tudo, criar uma filosofia de futebol sustentável.
Isto posto, temos um preconceito contra os times sul-americanos que não me entra na cabeça. Por que sempre somos favoritos? O Colón, no final de semana anterior, havia vencido o líder, até então invicto, do Campeonato Argentino, o San Lorenzo. O resultado lá não foi desastroso.
Isso tudo é uma coisa. Outra, e que não pode ser ocultada, é que algo está acontecendo no time do Atlético. Não é normal 6 jogos sem vitórias e há alguns pontos que para mim parecem estar ficando evidentes. O primeiro é que o Atlético está sofrendo fisicamente, até porque é o time que mais jogou este ano no Brasil, o que significa ser uma das equipe do mundo que mais atuou. Falta tempo de recuperação.
Ainda assim, poderia ser melhor. O desempenho caiu muito, sobretudo defensivamente. O Jair pode até fazer falta, mas não pode existir em um time como o Atlético uma "Jairdepedência". O time do Atlético está sem confiança, e, além disso, existe algo no elenco que não cheira bem. Respeito o Luan, mas, como já disse aqui anteriormente, ele não é o dono do Atlético e, por vezes, tenho a sensação que ele se comporta como se fosse.
Além disso, o jeito do time jogar já está manjado. Está na hora de mudar, tentar algo diferente, mudar esquema, não sei. Fato é que o Atlético PRECISA jogar bola. A começar por hoje. E quinta-feira, pessoal, calma. Vamos para o Mineirão para classificar, com tudo. Afinal, somos o time do impossível. Paciência!