terça-feira, 17 de setembro de 2019

O time que cheira a gol... dos outros

A dificuldade do Atlético em fazer gol é digna de nota. A bola parece que não quer entrar. Quando, contudo, ela parece ceder à pressão esbarramos nas escolhas erradas e na incompetência. 

Vou citar apenas 3 lances quando o jogo ainda estava zero a zero, nem sei se em ordem cronológica. Bruninho pega a bola no mano contra o zagueiro. Ele literalmente se joga para a direita e dá a esquerda inteira para a promessa do Galo. Ele joga para direita e chuta no pé do defensor. Se corta para a esquerda, sairia dentro do gol com a bola.

Chará entra costurando pela direita. Vina, na entrada da área, está totalmente livre. Ele escolhe cruzar de trivela para o Ricardo Oliveira. Aliás, Pastor é a síntese do terceiro exemplo. Não sei quantas vezes a bola chega nas pontas e o Pastor não está na área. Que centroavante é esse?

Como o objetivo do jogo é fazer gol, já que não conseguimos converter, damos gols ao adversário. Domingo o Inter não teve NENHUM mérito nos seus gols. Foram TODOS dados pelo Atlético, sobretudo pelo Réver, que foi catastrófico.

No primeiro gol a bola dominada e na hora de dar um chutão o taco do Réver espirra e vira um cruzamento perfeito para sei lá quem abrir o marcador. No segundo, o Atlético, de novo com a bola dominada, erra um passe. Bruninho errou um passe infantil e pegou a defesa de calças na mão. A tragédia dos contra-ataques estava anunciada. No último o Réver levou um drible inconcebível para um atleta profissional e eles fecharam a tampa do caixão.

É a quinta derrota seguida do Galo no Brasileirão. E o ALERTA tem que mudar de cor. O que está acontecendo? Não sei, mas algo precisa mudar. Desta vez, não cabe a muleta de ter jogado bem, muito pertinente contra Botafogo, Corinthians e, dizem as testemunhas, os Falsos. O Galo não jogou bem e não pode um time ser Jairdependente.

Devo dizer que o Rodrigo, a quem continuo defendendo, errou. Por mais que o Cázares mereça ser punido, ele não pode punir o time e, deixá-lo de fora, é justamente isso. Reitero aqui as minhas críticas ao Vinícius. Jogador comum, que só dá passe de lado. Seu futebol cresce ao lado do Cázares. Sem ele, Vinícius é menos um.

Ricardo Oliveira não se justifica. Aliás, além do Elias, apenas o Di Santo se salvou. O Pastor está mal posicionado, tomando decisões erradas e nem ajudando na marcação. Por fim, o Chará precisa jogar. Não adianta correr na marcação e tomar as decisões erradas com a bola.

Voltando a escalação, não era a hora do Bruninho. Questiono também a dupla de zaga, ainda mais contra um time que - sabidamente - iria jogar no contra-ataque. Réver e Léo Silva não podem mais jogar juntos. A defesa fica sem velocidade e toda bola adiantada é um Deus-nos-acuda.

Começo a questionar também o preparo físico atleticano. De fato, somos a equipe com mais jogod no ano, um número absurdo que limita a recuperação e a preparação. Mas a defesa.do Galo não ganha uma em velocidade. A mesma cena do Fábio Santos contra o Botafogo foi vista - algumas vezes - do Réver contra o Inter. Algo está errado!

O lado psicológico também pesa para cacete. A falta de confiança após o primeiro gol é nítida, o time se afoba no ataque e perde a organização da defesa. Ainda bem os dois próximos jogos são fora. É hora de mudar o time e a chave.