O Atlético e o atleticano precisam ter paciência. Trouxemos um bom treinador, com um discurso que muito me agrada, mas não podemos – ou devemos – esperar milagres. O trabalho precisa ser feito em médio e longo prazo. Sinceramente, entendo que o trabalho do Dudamel deva começar a dar frutos, se tiver continuidade, em 2021.
E agora começarei uma série de opiniões que entendo que serão impopulares, mas não estou nem aí para a popularidade. A primeira delas é que, a não ser que estacione na zona de rebaixamento, Dudamel deve ser o treinador do Atlético até o fim de 2021. Só para lembrar, Sampaoli foi eliminado da Sul-americana na primeira fase para o River do Uruguai, da Copa do Brasil perdeu para o Rodrigo Santana, e levou 5 x 1 do Ituano do Paulista. Portanto, se apostaram no cara, confiam nele, que dêem prazo para o cara. Esqueçam a politicagem e a opinião passional de torcedor. Nós podemos ser passionais, a diretoria não
Casando com isso, a mais impopular das minhas próximas opiniões será a próxima: antes da saída do Felipe Conceição do América, não só julgava arrogância colocar no Galo a obrigação de ser Campeão Mineiro, como achava o América o favorito ao título. O Galo está reformulando, nova filosofia, novos jogadores. O Cruzeiro mal tem time para colocar em campo. O América manteve uma base, um treinador e um padrão. Agora, com a saída do treinador, de fato a maior obrigação é nossa. Ainda assim, e o exemplo Aguirre está vivo na memória, não pode ser parâmetro para elogios e demissão de treinador.
O que na verdade me deixa com a pulga atrás da orelha é o fato de ser um ano eleitoral no Atlético. Geralmente, nessas épocas, os presidentes, sejam em busca de reeleição, sejam em busca de fechar a gestão com um título, têm a mania de jogar para a torcida. E como o discurso austero não foi muito bem aceito pela torcida – e continua sendo meio controverso mesmo com o exemplo do lado de lá – receio que a diretoria abrace o populismo.
Isto posto, falemos de futebol, não do campo, porque Mineiro, em sua maioria, é pré-temporada (e até nisso o ex-comandante Vino Tinto agradou). O Atlético foi bem ao mercado e adotou uma filosofia clara e coerente de trabalho, que espero se reflita em bons resultados no futuro. Você pode discordar da ideia, mas, desta vez, a ideia existe.
Particularmente, gosto desta filosofia de investimentos em jovens com poder de revenda. Ano passado já foram trazidos jovens jogadores para a base (como o próprio Bruno Silva que marcou ontem - e parece ser muito bom jogador), e o rejuvenescimento do time está associado a um treinador que gosta de trabalhar com os jovens. Casou treinador, atletas, estilos de jogo... tudo como manda o repertório.
O Mailton, insisto aqui, é uma excelente lateral. Vai ser titular do Atlético e, se bobear, será vendido antes do Guga. Gabriel fez um bom campeonato pelo Botafogo ano passado (e olha que ser zagueiro do Botafogo não é fácil), e tem alguns predicados que faltam aos outros zagueiros do Galo, um em especial: velocidade. Para mim, a dupla de zaga de ontem será a titular em 2020, ao menos deveria ser.
De toda forma, para uma coisa o jogo de ontem serviu: acabar com a minha abstinência de Galo. E quarta-feira tem mais.
E agora começarei uma série de opiniões que entendo que serão impopulares, mas não estou nem aí para a popularidade. A primeira delas é que, a não ser que estacione na zona de rebaixamento, Dudamel deve ser o treinador do Atlético até o fim de 2021. Só para lembrar, Sampaoli foi eliminado da Sul-americana na primeira fase para o River do Uruguai, da Copa do Brasil perdeu para o Rodrigo Santana, e levou 5 x 1 do Ituano do Paulista. Portanto, se apostaram no cara, confiam nele, que dêem prazo para o cara. Esqueçam a politicagem e a opinião passional de torcedor. Nós podemos ser passionais, a diretoria não
Casando com isso, a mais impopular das minhas próximas opiniões será a próxima: antes da saída do Felipe Conceição do América, não só julgava arrogância colocar no Galo a obrigação de ser Campeão Mineiro, como achava o América o favorito ao título. O Galo está reformulando, nova filosofia, novos jogadores. O Cruzeiro mal tem time para colocar em campo. O América manteve uma base, um treinador e um padrão. Agora, com a saída do treinador, de fato a maior obrigação é nossa. Ainda assim, e o exemplo Aguirre está vivo na memória, não pode ser parâmetro para elogios e demissão de treinador.
Outro ponto que me alarma é o orçamento estourado e as contratações feitas por investidores. Temos um exemplo ao lado e eu, honestamente, não confio em almoço grátis. Como têm funcionado essas transações com investidores? E, mais, os salários, são compatíveis?
Confesso que os valores investidos no Arana, na minha modesta opinião, são assustadores. Fora do real. Até porque, como tais cifras você conseguiria um bom camisa 9 ou um bom camisa 10, que seriam prioridades maiores – sobretudo em uma eventual saída do Cázares.
E, ainda assim, tem gente questionando a possível venda do Cleiton. Por 5 milhões de euros, um goleiro, extremamente promissor, mas que não completou um ano de profissional? Tem que vender.
O que na verdade me deixa com a pulga atrás da orelha é o fato de ser um ano eleitoral no Atlético. Geralmente, nessas épocas, os presidentes, sejam em busca de reeleição, sejam em busca de fechar a gestão com um título, têm a mania de jogar para a torcida. E como o discurso austero não foi muito bem aceito pela torcida – e continua sendo meio controverso mesmo com o exemplo do lado de lá – receio que a diretoria abrace o populismo.
O pior de tudo, e lá vai mais uma das opiniões impopulares, o ano de 2020 era o ano ideal para o Galo arrumar a casa e se estruturar, sem resultadismos. Ajustar tudo para o Dudamel em 2021. Este ano é um ano sem pressão. O maior rival na série B, não tem nem conversa com eles. Digo isso porque estou certo que os erros grotescos no futebol do Atlético nos últimos anos estão diretamente relacionados aos títulos da Copa do Brasil do Cruzeiro (que custaram o que custaram), uma pressão da torcida e da imprensa que geraram um desejo desnecessário de dar uma resposta. Este ano não há pressão. Os caras estão na série B. Se fizermos passo-a-passo, direitinho, na pior das hipóteses, estaremos pelo menos um ano à frente deles.
Isto posto, falemos de futebol, não do campo, porque Mineiro, em sua maioria, é pré-temporada (e até nisso o ex-comandante Vino Tinto agradou). O Atlético foi bem ao mercado e adotou uma filosofia clara e coerente de trabalho, que espero se reflita em bons resultados no futuro. Você pode discordar da ideia, mas, desta vez, a ideia existe.
Particularmente, gosto desta filosofia de investimentos em jovens com poder de revenda. Ano passado já foram trazidos jovens jogadores para a base (como o próprio Bruno Silva que marcou ontem - e parece ser muito bom jogador), e o rejuvenescimento do time está associado a um treinador que gosta de trabalhar com os jovens. Casou treinador, atletas, estilos de jogo... tudo como manda o repertório.
O Mailton, insisto aqui, é uma excelente lateral. Vai ser titular do Atlético e, se bobear, será vendido antes do Guga. Gabriel fez um bom campeonato pelo Botafogo ano passado (e olha que ser zagueiro do Botafogo não é fácil), e tem alguns predicados que faltam aos outros zagueiros do Galo, um em especial: velocidade. Para mim, a dupla de zaga de ontem será a titular em 2020, ao menos deveria ser.
O meio de campo com Allan e Jair estar entre as três melhores linhas de volante do Brasil, e ainda tem o Gustavo Blanco para entrar. Pena que o Cázares não está disponível. Ao lado desses caras seria um dos grandes meios campos do país. Enfim, o Galo é um time promissor, a semente já foi plantada, mas eu acho que os frutos devem ser esperados apenas para 2021. O que vier antes seria lucro.