quarta-feira, 2 de junho de 2021

O time mais temido do mundo

 


O sorteio da próxima fase da Libertadores reservou um grande confronto – talvez o grande confronto – da competição já para as oitavas: Atlético e Boca. E aquele Tweet que viralizou não continha exagero ou ironia ao dizer que o Galo é o time mais temido do mundo, porque desperta medo na torcida do Boca e nos próprios atleticanos.

De fato, basta uma espiada nos tweets Hermanos para saber que ninguém queria pegar o Atlético, que o Galo é o time a ser batido e temido nesta Libertadores. Os caras estão se considerando eliminados... Não é para menos: a fase que o Boca vive não é das melhores, se classificou com muita dificuldade e tem jogado absurdamente mal. O time não rende e o técnico está sob pressão.

Aqui, a camisa do Boca pesou. No entanto, mais que isso, pesa o Galo. Quando o time parecia começar a querer ter uma cara, um jeito de jogar – e jogar bem – vem aquela partida contra o Fortaleza em que fomos, sem exagero, dominados em casa. Ali, perdemos para o próprio Atlético e esse é o receio: não dá para vacilar assim contra um Boca da vida...

Em termos históricos, confesso, nessa chave da morte em que caímos, temo mais as surpresas: Argentinos Jrs nas quartas e La U na semifinal. Claro, são times que provavelmente serão eliminados nas oitavas, mas é o tipo de time que, se passar, podem complicar. Contra o Boca e os prováveis River, Palmeiras/São Paulo/Racing o Atlético costuma entrar para jogar como gigante e contra gigante. Assim foi na Copa do Brasil de 2014 e, por que não, na Libertadores de 2013. Quando fomos campeões, nosso pior desempenho, o time que quase nos eliminou em casa era o desconhecido Tijuana! Não à toa, nossas pedras históricas são Criciúma, Goiás, Ponte Preta. Não por acaso, a última vez que enfrentamos o Boca em uma competição sul-americana eliminamos o time Xeneíze em La Bombonera. Feito, à época, inédito o quase inédito para um clube brasileiro.

Digo mais: se o jogo fosse semana que vem, por conta da fase do Boca que já descrevi, éramos, sim, os favoritos. Mas ainda faltam 45 dias de agonia e ansiedade. Até lá, muita coisa pode mudar. Exceto uma: somos o time mais temido dessa Libertadores. E que venha o Boca!