O sorteio da próxima fase da
Libertadores reservou um grande confronto – talvez o grande confronto – da competição
já para as oitavas: Atlético e Boca. E aquele Tweet que viralizou não continha
exagero ou ironia ao dizer que o Galo é o time mais temido do mundo, porque
desperta medo na torcida do Boca e nos próprios atleticanos.
De fato, basta uma espiada nos
tweets Hermanos para saber que ninguém queria pegar o Atlético, que o Galo é o
time a ser batido e temido nesta Libertadores. Os caras estão se considerando
eliminados... Não é para menos: a fase que o Boca vive não é das melhores, se
classificou com muita dificuldade e tem jogado absurdamente mal. O time não
rende e o técnico está sob pressão.
Aqui, a camisa do Boca pesou. No
entanto, mais que isso, pesa o Galo. Quando o time parecia começar a querer ter
uma cara, um jeito de jogar – e jogar bem – vem aquela partida contra o
Fortaleza em que fomos, sem exagero, dominados em casa. Ali, perdemos para o
próprio Atlético e esse é o receio: não dá para vacilar assim contra um Boca da
vida...
Em termos históricos, confesso,
nessa chave da morte em que caímos, temo mais as surpresas: Argentinos Jrs nas
quartas e La U na semifinal. Claro, são times que provavelmente serão
eliminados nas oitavas, mas é o tipo de time que, se passar, podem complicar.
Contra o Boca e os prováveis River, Palmeiras/São Paulo/Racing o Atlético costuma
entrar para jogar como gigante e contra gigante. Assim foi na Copa do Brasil de
2014 e, por que não, na Libertadores de 2013. Quando fomos campeões, nosso pior
desempenho, o time que quase nos eliminou em casa era o desconhecido Tijuana! Não
à toa, nossas pedras históricas são Criciúma, Goiás, Ponte Preta. Não por
acaso, a última vez que enfrentamos o Boca em uma competição sul-americana eliminamos
o time Xeneíze em La Bombonera. Feito, à época, inédito o quase inédito para um
clube brasileiro.
Digo mais: se o jogo fosse semana
que vem, por conta da fase do Boca que já descrevi, éramos, sim, os favoritos.
Mas ainda faltam 45 dias de agonia e ansiedade. Até lá, muita coisa pode mudar.
Exceto uma: somos o time mais temido dessa Libertadores. E que venha o Boca!