Paguei 140 reais no ingresso de
quarta, ingresso que na bilheteria custava 100 pratas. Entrei com o jogo começado e já 1
x 0 para o Galo, devia ser 20 minutos do primeiro tempo. Valeu o sofrimento
para entrar e cada centavo que eu paguei. O Atlético foi simplesmente
impecável. Com todo respeito aos críticos que acham que São Paulo é o centro do
universo, o nosso freguês paulista não perdeu porque jogou mal. O tal Jason,
como eles gostam de se chamar, não jogou porque o Galo não deixou. As atuações
de cada um dos 11 jogadores foi quase irretocável. Na verdade o Atlético parece
gostar de jogar bola contra tricolores. As duas melhores atuações desse
excelente Galo que temos desde o ano passado foram contra o Fluminense no
Brasileirão e a de quarta contra o São Paulo. Ambas no Horto.
Não teve jeito. Toda a cúpula
tricolor, da diretoria aos jogadores, reconheceram que foram massacrados pelo
Galo em seu matadouro. A impressa da capital paulista também não encontrou
alternativas. Por mais que o natural, como a gente sabe que acontece por
aquelas bandas, fosse entender que foi “mais uma derrota do São Paulo do que
uma vitória do Atlético, eles se
renderam à magia alvinegra. Li até um jornalista chamando o Galo de “Galo du
Soleil”. O título, evidentemente, ainda está muito longe, e futebol é futebol,
mas não há mais como não assumir a nossa condição de favorito, tampouco, como
negar que a apresentação de quarta era digna de Palácio das Artes. E São Paulo
só é o centro do universo para imprensa paulista. Só verificar o que a
imprensa mundial está falando do jogo. Quem não teve a oportunidade, entre na
página do Galo no Lance Net e ouça a narração de um narrador sul americano
daquela fila que o R10 fez na lateral do campo, jogada que, se termina em gol,
insisto, o nome do Indepa deveria ser alterado para Ronaldo de Assis Moreira.
Agora uma pausa na Libertadores.
Pausa porque nos próximos dois Domingos, a contragosto de muita gente, BH vai
ser o coração do futebol brasileiro. Teremos clássico na final do Mineiro,
clássico com o Galo, melhor das Américas, e o rival, que está em boa fase. É um
jogo perigoso, em duas partes sendo a primeira no Horto, com 90% do estádio
ocupado pela massa alvinegra. Continuo sendo contra clássico com 10%, para mim
tem que ser meio a meio. Continuo afirmando que, com esse time, com essa
torcida, o Galo não perde no Independência. Pode empatar, mas jamais perderá.
Em condições normais de temperatura e pressão, claro. Sigo afirmando que o
Mineiro é secundário e que, se perdermos, temos que continuar apoiando e
focado na Libertadores, esse sim é nosso
primeiro semestre.
Vou afirmar isso sempre, mas não
quer dizer que eu não queira o Mineiro. Meu ingresso para Domingo já está na mão, graças ao Galo na Veia Prata. Ganhar do Cruzeiro é sempre muito bom,
e no Horto temos que fazer valer a máxima "caiu no Horto tá morto". Com relação à decisão de 180 minutos, o
nosso jogo é neste Domingo. É a hora de fazer uma boa vantagem, por dois ou três gols
de diferença, para que possamos jogar tranquilos na outra semana. O Galo hoje
tem time para disputar e ganhar todas as competições. E sem poupar esforços, já
que teremos ao menos uma semana de folga na Libertadores. Então, nos próximos
10 dias, é hora de esquecer a brilhante atuação contra o São Paulo e as quartas
de Final. Se bem que, se o Galo não esquecer de jogar como jogou contra o São
Paulo, certamente levaremos essa.