sexta-feira, 10 de maio de 2013

A incrível quarta feira e a pausa no caminho da América


Paguei 140 reais no ingresso de quarta, ingresso que na bilheteria custava 100 pratas. Entrei com o jogo começado e já 1 x 0 para o Galo, devia ser 20 minutos do primeiro tempo. Valeu o sofrimento para entrar e cada centavo que eu paguei. O Atlético foi simplesmente impecável. Com todo respeito aos críticos que acham que São Paulo é o centro do universo, o nosso freguês paulista não perdeu porque jogou mal. O tal Jason, como eles gostam de se chamar, não jogou porque o Galo não deixou. As atuações de cada um dos 11 jogadores foi quase irretocável. Na verdade o Atlético parece gostar de jogar bola contra tricolores. As duas melhores atuações desse excelente Galo que temos desde o ano passado foram contra o Fluminense no Brasileirão e a de quarta contra o São Paulo. Ambas no Horto.

Não teve jeito. Toda a cúpula tricolor, da diretoria aos jogadores, reconheceram que foram massacrados pelo Galo em seu matadouro. A impressa da capital paulista também não encontrou alternativas. Por mais que o natural, como a gente sabe que acontece por aquelas bandas, fosse entender que foi “mais uma derrota do São Paulo do que uma vitória do Atlético,  eles se renderam à magia alvinegra. Li até um jornalista chamando o Galo de “Galo du Soleil”. O título, evidentemente, ainda está muito longe, e futebol é futebol, mas não há mais como não assumir a nossa condição de favorito, tampouco, como negar que a apresentação de quarta era digna de Palácio das Artes. E São Paulo só é o centro do universo para imprensa paulista. Só verificar o que a imprensa mundial está falando do jogo. Quem não teve a oportunidade, entre na página do Galo no Lance Net e ouça a narração de um narrador sul americano daquela fila que o R10 fez na lateral do campo, jogada que, se termina em gol, insisto, o nome do Indepa deveria ser alterado para Ronaldo de Assis Moreira.

Agora uma pausa na Libertadores. Pausa porque nos próximos dois Domingos, a contragosto de muita gente, BH vai ser o coração do futebol brasileiro. Teremos clássico na final do Mineiro, clássico com o Galo, melhor das Américas, e o rival, que está em boa fase. É um jogo perigoso, em duas partes sendo a primeira no Horto, com 90% do estádio ocupado pela massa alvinegra. Continuo sendo contra clássico com 10%, para mim tem que ser meio a meio. Continuo afirmando que, com esse time, com essa torcida, o Galo não perde no Independência. Pode empatar, mas jamais perderá. Em condições normais de temperatura e pressão, claro. Sigo afirmando que o Mineiro é secundário e que, se perdermos, temos que continuar apoiando e focado na Libertadores,  esse sim é nosso primeiro semestre.

Vou afirmar isso sempre, mas não quer dizer que eu não queira o Mineiro. Meu ingresso para Domingo já está na mão, graças ao Galo na Veia Prata. Ganhar do Cruzeiro é sempre muito bom, e no Horto temos que fazer valer a máxima "caiu no Horto tá morto". Com relação à decisão de 180 minutos, o nosso jogo é neste Domingo. É a hora de fazer uma boa vantagem, por dois ou três gols de diferença, para que possamos jogar tranquilos na outra semana. O Galo hoje tem time para disputar e ganhar todas as competições. E sem poupar esforços, já que teremos ao menos uma semana de folga na Libertadores. Então, nos próximos 10 dias, é hora de esquecer a brilhante atuação contra o São Paulo e as quartas de Final. Se bem que, se o Galo não esquecer de jogar como jogou contra o São Paulo, certamente levaremos essa.