Nada. Foi o que eu fiz, ou melhor, consegui fazer hoje.
Tirando o aprazível almoço em excelente companhia, meu dia foi tomado de
ansiedade, de busca incessante por ingressos, de expectativas. Dia de jogo
decisivo é assim. Ocupei meu tempo de maneira que não precisasse usar muito a
cabeça que, adiantada como o Rogério Ceni, já está no Independência. Nem que eu
quisesse ficar em frente do computador fazendo mil coisas a mente não deixaria. Mais ou menos a sensação do dia em que o R10 chegou ao Galo.
Não há como concentrar, nem
pensar em nada que não no jogo. Temos a vantagem, temos a confiança, temos o
melhor time, mas isso é futebol e tenho certeza que todos nós estamos com o coração
na boca, mesmo favorito, tensos até a última gota do nosso sangue. O nosso
mundo hoje gira em torno do Horto. Tenho certeza que todos nós estamos querendo
que o Galo cale a boca de muita gente da imprensa paulista, que desconhece o
que é Atlético.
Entretanto, como cantam os Titãs,
“sempre existe a pequena chance do impossível rolar”. Para que isso não
aconteça, porém, contamos com a sintonia fina entre arquibancada e time,
sintonia perfeita no Horto, esperando que o São Paulo seja mais um a cair morto
no matadouro alvinegro. Não há assunto, não há discussão, não há notícia. Hoje
existem apenas Atlético e São Paulo, o dia se resume aos cerca de 105 minutos após
às 22 horas. Pra cima deles Galo!