O Brasil inteiro já sabe: “Caiu
no Horto, tá morto”. Ontem, contra o último invicto da série A, o líder
absoluto da primeira fase do Mineiro, o Galo deu outra aula de futebol. E um
parentese, tinha gente querendo comparar os quartetos ofensivos. Como disse um
amigo meu, para começar a pensar em comparar o quarteto alvinegro com o quarteto cruzeirense, tem que trocar o R10 com o Luan. Mas, vida
que segue. O Galo apresentou um futebol quase igual ao que mostrou contra o São
Paulo. O placar, entretanto, de 3 x 0 não mostrou o que foi a partida. Ficou barato,
muito barato. Era para ser, desperdiçando só metade das chances claras que
desperdiçou, 5 só no primeiro tempo.
Marcos Rocha tomou a bola, Ronaldinho, passe espetacular para Jô…
Gooooooool!
Voltando ao jogo, o placar era
para ser muito mais elástico. Na minha conta, sem contar os dois pênaltis claros, e um duvidoso, o Atlético perdeu 5, sim, 5 chances absurdas de gol. A do Tardelli,
por exemplo, foi incrível. O Fábio pegou muito, a zaga tirando bola em cima da
linha, um verdadeiro bombardeio alvinegro. Mas futebol é futebol e saímos para
o intervalo com um injusto e magérrimo 1 x 0.
Começa o segundo o tempo, bem
morno. O Cruzeiro, como indicava as alterações e a hora que o Fábio fazia,
contente com o 1 x 0. Realmente, além de levar a decisão para o Mineirão, era
um tremendo lucro pelo bombardeio que sofreram. Enfim, ritmo lento de partida,
eles até começaram a ir para frente de vez em quando. Eis então que o
Ronaldinho, em um lance anterior, uma bola parada do Cruzeiro, cola no Bruno
Rodrigo e fala para o Victor mandar nele se recuperasse a bola. Não foi o caso,
foi um tiro de meta. No lance seguinte, porém, aconteceu o planejado pelo craque
atleticano e o zagueiro do Cruzeiro, já amarelado, foi expulso.
Meus caros, aí era o mesmo jogo
do Morumbi há duas semanas. Cozinhar e esperar o momento certo. No início
cozinhou demais e o Cruzeiro teve a única chance do jogo, a bola na trave do
Diego “Pipoca” Souza. Depois disso, vários momentos de perigo ao gol do Fábio
apareceram. Fábio defendendo, zagueiro tirando bola da boca do Jô, chute
raspando a trave. O 1 X 0 estava ficando incômodo e até constrangedor.
Ronaldinho… cruzou, Jô dividiu, sobra na área, Tardelli…
Gooooooooooooooool!
Continuando, o Atlético fez o
segundo gol, mais do que merecido. Aliás àquela altura o 2 x 0 era barato e até muito lucrativo para o Cruzeiro, levando em conta o que acontecia dentro do gramado.
E o time do Cruzeiro, mesmo levando couro, fora o baile, enrolava o jogo. Cadenciava.
Não queria tomar mais gols. Mas o Galo, que já merecia estar ganhando de uns 7,
é avassalador.
Tardelli centra na área, Jô, na trave, sobrou, Marcos Rocha…
Gooooooooooooool!
Marcos Rocha, que jogou muita
bola e calou muito corneteiro por aí, marcou o derradeiro gol alvinegro. Depois
disso, dava para ter encaixado mais um ou dois gols, mas é futebol. De qualquer
forma esta é uma segunda daquelas, extremamente prazerosa. Estamos com o título
encaminhado, agora é levantar a taça no Domingo e voltar para o foco no nosso
verdadeiro interesse, a América.