quinta-feira, 23 de maio de 2013

Mais díficil é melhor

Era para eu ter escrito ontem. Mas o dia foi cheio. Começando pela manhã, quando fiquei três horas para, com o Galo Na Veia Prata, garantir meu ingresso para o show no Horto na próxima Quinta. Eu, que viajarei para o interior no feriado, voltarei exclusivamente para o jogo e pego estrada de novo após a partida. Não dava para perder, nem da para medir esforços pelo Galão. Cada um dos minutos na fila, cada real gasto no ingresso valerão a pena. Aliás, hoje a noite terei os primeiros indícios do tanto que vão ter sido válido o tempo e dinheiro despendidos.

Apesar de todas as condições controversas, o calor, a grama sintética, a viagem, o Galo tem mais time e estou, como todo torcedor, confiante na vitória. Ainda que até uma derrota por um gol de diferença, desde que façamos um, seja um bom resultado. Aliás, um bom resultado significa fundamentalmente marcar um golzinho lá. Essa história de gol qualificado, somada ao fato de que no Horto somos imbatíveis, torna imprescindível um golzinho no deserto mexicano. Apesar das milhões de coisas contra – não esperem facilidade  de um time que tem a melhor defesa da competição, que não tomou nenhum gol em casa -  temos um trunfo a favor: R10 e o fascínio que ele desperta no exterior. Assim como os bolivianos do Strongest, os mexicanos idolatram o Gaúcho, o que, além de aliviar a marcação, faz os marcadores terem medo e respeito de chegar no cara.


A grama sintética, como o Cuca mesmo disse, também pode ser um faca de dois gumes. O piso duro, com a bola viva, apesar de atrapalhar o domínio e o tempo de bola, pode favorecer jogadores habilidosos, que conhecem os atalhos do campo. Ronaldinho pode ser o maior favorecido. Mesmo assim, mesmo tendo os contratempos, mesmo todos tendo torcido pelo Palmeiras na fase anterior por questão logística, time que quer ser campeão, tem que passar por cima de tudo. E o Galo hoje quer, pode e tem time para ser campeão. Faltam só 6 jogos para o Marrocos, jogos difíceis, verdade. Mas, sejamos sinceros, se for para ganhar a Libertadores, é muito mais gostoso ganhar passando por cima da altitude, do São Paulo, Olímpia, Boca, da grama sintética, das viagens, até do juiz se preciso. A graça está nisso, e não em bater um Sporting Cristal da vida…