segunda-feira, 10 de junho de 2013

Que Falta Faz


Cornetas não faltam no Galo. Sejam elas oriundas da própria torcida alvinegra, que de uns tempos para cá, especialmente com o aumento do preço dos ingressos e a melhora substancial do time, tem se tornado muito exigente; sejam elas vindas de fora do Galo, jornalistas ou torcedores e jogadores rivais que tanto tentam desestabilizar o Atlético. É evidente, até engraçado, a vontade que têm de criar e inventar crises dentro do Galo. Triste é ver que alguns realmente compram essa ideia. Ontem, mais uma vez, provamos que não existe crise nenhuma, que a situação no brasileirão é provisória. Mexeram com o Galo, despertaram o melhor time do Brasil, agora vão ter que aguentar.

Voltando aos Cornetas alvinegros. Ontem o Neto Berola provou que, com todos seus defeitos, antes ele do que o Leleu. O maior dos críticos do Berola há de reconhecer que ontem ele já fez mais pelo Galo do que o Leleu desde sua profissionalização. Aliás, durante seu período no Galo, muitas das vezes em que ele entrou no segundo tempo foi útil. Um bom reserva.O jogo de ontem deixou ainda mais claro que alguns jogadores são injustiçados e que o torcedor só sente falta quando eles não jogam. É impossível, por exemplo, que os críticos não tenham entendido a importância do Marcos Rocha, um dos maiores injustiçados do Galo. Nem falo que críticos devem ter se calado pelas boas partidas contra o Grêmio, Vasco e muitas outras. Isso é pouco. Mas com certeza não há atleticano que não tenha sentido falta do lateral titular na partida contra o Coritiba, em que ele, justamente, foi poupado. Como fez falta o Marcos Rocha naquela partida. Aquela velha história de só dar valor quando se perde.

Ontem foi a vez dos críticos do Jô se calarem. O jogo contra o Tijuana não foi inesquecível somente por aquela defesa do Victor, que quase me matou do coração.  Não me esqueço de um idiota dizendo que o Jô era o pior atacante que ele já tinha visto, que não merecia vestir a camisa do Galo.  Tive vontade de discutir com o cara. Mas não vale a pena. O fato é que não é a toa que ele está na seleção. Mas tem quem ache que o centroavante só tem que aparecer em campo para fazer gol. Taticamente o Jô é extremamente importante. Tecnicamente também. Por mais que ele possa perder alguns gols, ele participa de vários gols e jogadas do Galo, seja desviando as bolas rifadas, seja dando passes e continuidade às jogadas ou se posicionando de maneira à abrir espaços para os outros jogadores. Quem achava que o time não sentiria falta do Jô, como o cara do meu lado naquele jogo, deve ter percebido o tanto que ele é melhor do que o Alecssandro. Por mais que ele tenha sofrido o pênalti, tenha se movimentado e tentado, ele é jogador de área, não tem a inteligência do Jô, não segura tanto a bola, não acerta tantos passes e perde tantos gols quanto. Nós estamos ficando mal acostumados com o Galo, mas temos que ter calma. Não há times imbatíveis, nem super-homens em capo. Não podemos nos igualar aos demais e ficar superestimando as vitórias e transformando cada derrota em catastrófica.