quarta-feira, 5 de junho de 2013

Sombra e água fresca


Neste ano só não pude assisti o Galo em BH – no estádio - contra o São Paulo, na abertura da Libertadores e no primeiro jogo do brasileirão e contra o Araxá, abertura do mineiro. Em duas das ocasiões, eu desfrutava do carnaval emendado em Cabo Frio, no jogo do Domingo, estava sem coração e sem grana por quinta, mas eu assisti os outros três pela televisão, evidentemente. Tive o prazer de ver o Atlético jogar diversas vezes, sempre muito bem. Especialmente, após a chegada do Tardelli. Vi muitos jogos, na grande maioria, um time intenso, forte, marcando pressão e correndo o tempo todo. O desgaste físico é evidente, além do maior desgaste é aquele que não aparece, o psicológico.

Não sou ou fui atleta profissional, sou um praticante de exercício físico e joguei futsal e futebol de campo em categorias de base de Atlético e América, respectivamente. Mesmo sem experiência sei que tem que ser muito idiota para falar “os caras ganham 500 mil”. O físico é essencial para um time que joga com a intensidade que o Galo joga, marcando sobre pressão e saindo em extrema velocidade. O psicológico, nem se fala. Jogar em um grande time já é sinônimo de pressão. Quando jogava, na base, sem torcida, na hora de entrar da um frio na barriga, sentia uma pressão. Imagina jogar para e por uma torcida apaixonada e carente de títulos como a do Atlético? Não pense que isso não passa para o campo, passa. Aqueles caras são responsáveis e podem ser responsáveis pela alegria e decepção de muita gente. A minha inclusive. Sim é pressão. Pressão existe em todas as profissões, independentemente de salário. O valor do salário não reduz desgaste físico ou psicológico. Quando vejo o Pierre e o Donizete atuarem mal como na partida contra o Tijuana, em que o Pitbull, o cara mais raçudo que eu já vi, levou um baile do Riascos (que diga-se de passagem pode ser uma excelente contratação, já que os mexicanos o dispensaram), é sinal que o desgaste veio.

À parte esse desgaste, desde o início do ano, eu criei a expectativa de ver alguns jogadores que, no pouco que vi, me agradaram. O Morais, por exemplo, nem no elenco está mais e, sinceramente, não sei porque não teve mais chances. Sempre que entrou, esteve bem. Sinceramente não entendo a razão pela qual o Cuca não escalou apenas reservas contra o Coritiba. Perdeu o jogo do mesmo jeito. Tendo cometido esse erro, que gerou uma partida absolutamente desgastante na quinta, não entendo o porquê escalar todo mundo contra o São Paulo. Se não tivesse escalado contra o Coritiba, aí sim. Novamente, não entendo a escalação de hoje contra o Vasco não ser apenas reservas. Se eu fosse o treinador, já tinha dado uma semana de férias aos titulares e depois de volta aos treinos pesados. Além de recuperar nosso time principal, motivaria bons jogadores no banco alvinegro.