Ontem assisti
ao segundo tempo de Independiente Santa Fé e Olimpia. Após o primeiro jogo em
Assunção imaginei que o Olimpia classificasse, não imaginei, porém, que seria tão
difícil. Com o perdão da palavra, o Olimpia passou um cagaço. A pressão do
Santa Fé foi absurda, bola na trave de dentro da pequena área, goleiro do Olimpia
com defesas incríveis e, apesar da desclassificação dos colombianos, o jogo de
ontem foi um alento. Alento porque se o
Galo fizer metade, só metade, da pressão que o Santa Fé fez, levamos fácil a
vaga. Primeiro porque nosso ataque é melhor que o do Santa Fé, segundo porque a
defesa do Olimpia é melhor do que a do Newell’s, que para mim só tem o Heinze.
De qualquer
forma o inferno já começou. Do Ouro Minas à Pampulha ninguém dormiu. Os
atleticanos vizinhos do hotel lançaram foguetes diretamente contra o prédio do Ouro Minas. Os
leprosos já sentem o calor do inferno alvinegro. Os atleticanos também. Nos
treinamentos e declarações os jogadores, comissão técnica e diretoria,
incorporaram o espírito da torcida, o espírito necessário para ganharmos. A
vontade necessária, a raça necessária. Todos os torcedores, sem exceções, estão carregando dentro
de si o espírito de guerra, a esperança e disposição de transformar a vida dos
leprosos em um verdadeiro inferno.
Para todos nós,
que vamos ao jogo – não trocaria meu ingresso por uma cobertura no Lourdes -,
ou os que vão acompanhar de casa o dia de hoje é simplesmente sobre o jogo. A
ansiedade já está corre na veia, estamos em função do jogo, em contagem
regressiva. Não há como se concentrar em outra coisa que não no jogo. Falta
pouco, o inferno no Horto está prestes a começar. Pra cima deles Galo!