quarta-feira, 10 de julho de 2013

As Lições de Santa Fé e o inferno

Ontem assisti ao segundo tempo de Independiente Santa Fé e Olimpia. Após o primeiro jogo em Assunção imaginei que o Olimpia classificasse, não imaginei, porém, que seria tão difícil. Com o perdão da palavra, o Olimpia passou um cagaço. A pressão do Santa Fé foi absurda, bola na trave de dentro da pequena área, goleiro do Olimpia com defesas incríveis e, apesar da desclassificação dos colombianos, o jogo de ontem foi um alento.  Alento porque se o Galo fizer metade, só metade, da pressão que o Santa Fé fez, levamos fácil a vaga. Primeiro porque nosso ataque é melhor que o do Santa Fé, segundo porque a defesa do Olimpia é melhor do que a do Newell’s, que para mim só tem o Heinze.

De qualquer forma o inferno já começou. Do Ouro Minas à Pampulha ninguém dormiu. Os atleticanos vizinhos do hotel lançaram foguetes diretamente contra o prédio do Ouro Minas. Os leprosos já sentem o calor do inferno alvinegro. Os atleticanos também. Nos treinamentos e declarações os jogadores, comissão técnica e diretoria, incorporaram o espírito da torcida, o espírito necessário para ganharmos. A vontade necessária, a raça necessária. Todos os torcedores, sem exceções, estão carregando dentro de si o espírito de guerra, a esperança e disposição de transformar a vida dos leprosos em um verdadeiro inferno.


Para todos nós, que vamos ao jogo – não trocaria meu ingresso por uma cobertura no Lourdes -, ou os que vão acompanhar de casa o dia de hoje é simplesmente sobre o jogo. A ansiedade já está corre na veia, estamos em função do jogo, em contagem regressiva. Não há como se concentrar em outra coisa que não no jogo. Falta pouco, o inferno no Horto está prestes a começar. Pra cima deles Galo!