segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Isso aqui é Galo

E continuamos batendo na trave para colar e entrar de vez na disputa por uma vaga no G4. E não é nenhum trocadilho com relação à bola na trave do Rodolpho, que quase deu a vitória - que seria justa - ao Galo. De toda sorte, já era para estarmos nesta briga para valer há muito tempo. Aliás, se tem alguma coisa para concordar na entrevista do Levir ontem foi à respeito disso, dizendo que já éramos para estarmos no G4 há muito tempo.

Mas não estamos. E um dos principais motivos é a irregularidade do time, muito devida, diga-se de passagem, à falta de motivação do treinador, da qual já tratei diversas vezes. Aliás, se há outro ponto com possibilidade de ser, com muito esforço, positivo na entrevista é a indignação demonstrada pelo treinador, mesmo que de leve e com o a arbitragem .

Não dá para o treinador do maior clube de Minas achar tudo normal. Se perde, é normal. Se empata, é normal. Se ganha, está na briga pelo título. Não é possível aguentar as entrevistas com ar blasé e previsíveis, sempre dizendo "o time jogou bem", "faltou sorte" e aquela ladainha insuportável e conformista de quem não tem gosto pela vitória. Isso aqui não é Japão. Isso é aqui é Galo. Ontem, pelo menos, ele se indignou com a arbitragem, porque nem isso estava acontecendo.

Falando nos malditos apitadores... Sempre eles. Após a derrota com um gol irregular contra o Corinthians, embora aquele impedimento tenha sido o menos gritante dos erros na quinta. Aliás, abrindo parêntese, estranho em dois finais de semana seguidos, com jogos difíceis, o Galo jogar na quinta e enfrentar times mais descansados. Mas, voltando, à arbitragem, ontem ela foi absurdamente decisiva. O gol do Galo anulado ontem foi simplesmente constrangedor. Até agora estou procurando entender o motivo da anulação. Eu e o resto do mundo. Mas isso não apaga a má atuação atleticana ontem no Horto.

Mais uma vez faltaram finalizações, faltou aproveitar as chances criadas e faltou um toque de criatividade. Além disso, faltou inteligência ao treinador. Um dos dois, ou o Gallo ou Levir, não entende nada de futebol, porque um jogador que não é bom o bastante para ser titular do Emerson Conceição, não pode, simplesmente não pode, estar na seleção brasileira da base, em nenhuma categoria.

E nada contra a pessoa do Emerson Conceição. Não duvido que ele seja a pessoa excelente descrita pelo treinador, mas não estou à caça de um genro, e sim de um lateral esquerdo. E para isso, infelizmente, ele não serve. Não bastasse os cruzamentos errados, os erros de passes, e tudo o que todos sabem. Ontem todos os contra-ataques do Galo que passaram pelo pé do lateral esquerdo, ali mesmo morreram.

Isso sem contar nos inúmeros ataques do Grêmio nos quais o único ser humano no estádio que não viu o atleta tricolor passar nas costas do lateral esquerdo do Galo, foi o próprio. A arquibancada inteira vendo e chamando a atenção. O Jemerson, coitado, jogando por dois, gritando e o Conceição com aquela cara de perdido, como se em outro mundo.

O infeliz do burro com sorte não levou o Jô nem para o banco. O cara está mal, sim, está. E neste caso, como ele fez na primeira etapa, o ideal é mesmo a mudança de esquema. Porque não tem outro. Mas jogador de futebol não melhora ficando em casa. E o Jô, mal ou bem, pelo menos se esforça. E mesmo sem as duas pernas ele melhor que o André. A alteração final, portanto, seria a entrada do Jô, e não do André, que não serve nem para fazer número. 


E todos sabem disso, mas a teimosia do asno não nos deixa ganhar as partidas. A impressão que passa, aliás, é que o Levir Culpi não tem o menor gosto pela vitória. E quem não gosta de vitória, não pode ter lugar no Atlético. Treinador para o Galo, além de tudo, tem de ser vibrante, como o time e não com aquela cara conformada de quem acha tudo normal.