E continuamos batendo
na trave para colar e entrar de vez na disputa por uma vaga no G4. E não é
nenhum trocadilho com relação à bola na trave do Rodolpho, que quase deu a vitória - que seria justa - ao Galo. De toda sorte, já
era para estarmos nesta briga para valer há muito tempo. Aliás, se tem alguma
coisa para concordar na entrevista do Levir ontem foi à respeito disso,
dizendo que já éramos para estarmos no G4 há muito tempo.
Mas não estamos. E um
dos principais motivos é a irregularidade do time, muito devida, diga-se de
passagem, à falta de motivação do treinador, da qual já tratei diversas vezes.
Aliás, se há outro ponto com possibilidade de ser, com muito esforço, positivo
na entrevista é a indignação demonstrada pelo treinador, mesmo que de leve e com o a arbitragem .
Não dá para o treinador
do maior clube de Minas achar tudo normal. Se perde, é normal. Se empata, é normal. Se ganha, está na briga pelo título. Não é possível aguentar as entrevistas com ar blasé e previsíveis, sempre
dizendo "o time jogou bem", "faltou sorte" e aquela ladainha insuportável e
conformista de quem não tem gosto pela vitória. Isso aqui não é Japão. Isso é
aqui é Galo. Ontem, pelo menos, ele se indignou com a arbitragem, porque nem
isso estava acontecendo.
Falando nos malditos
apitadores... Sempre eles. Após a derrota com um gol irregular contra o Corinthians,
embora aquele impedimento tenha sido o menos gritante dos erros na
quinta. Aliás, abrindo parêntese, estranho em dois finais de semana seguidos, com
jogos difíceis, o Galo jogar na quinta e enfrentar times mais descansados. Mas, voltando, à arbitragem, ontem ela foi absurdamente
decisiva. O gol do Galo anulado ontem foi simplesmente constrangedor. Até agora
estou procurando entender o motivo da anulação. Eu e o resto do mundo. Mas isso não apaga a má
atuação atleticana ontem no Horto.
Mais uma vez faltaram
finalizações, faltou aproveitar as chances criadas e faltou um toque de criatividade.
Além disso, faltou inteligência ao treinador. Um dos dois, ou o Gallo ou Levir, não entende
nada de futebol, porque um jogador que não é bom o bastante para ser titular do
Emerson Conceição, não pode, simplesmente não pode, estar na seleção brasileira
da base, em nenhuma categoria.
E nada contra a pessoa
do Emerson Conceição. Não duvido que ele seja a pessoa excelente descrita pelo
treinador, mas não estou à caça de um genro, e sim de um lateral esquerdo. E
para isso, infelizmente, ele não serve. Não bastasse os cruzamentos errados, os
erros de passes, e tudo o que todos sabem. Ontem todos os contra-ataques do Galo que
passaram pelo pé do lateral esquerdo, ali mesmo morreram.
Isso sem contar nos
inúmeros ataques do Grêmio nos quais o único ser humano no estádio que não viu
o atleta tricolor passar nas costas do lateral esquerdo do Galo, foi o próprio.
A arquibancada inteira vendo e chamando a atenção. O Jemerson, coitado, jogando
por dois, gritando e o Conceição com aquela cara de perdido, como se em outro
mundo.
O infeliz do burro com
sorte não levou o Jô nem para o banco. O cara está mal, sim, está. E neste
caso, como ele fez na primeira etapa, o ideal é mesmo a mudança de esquema. Porque não tem outro. Mas
jogador de futebol não melhora ficando em casa. E o Jô, mal ou bem, pelo menos
se esforça. E mesmo sem as duas pernas ele melhor que o André. A alteração
final, portanto, seria a entrada do Jô, e não do André, que não serve nem para
fazer número.
E todos sabem disso,
mas a teimosia do asno não nos deixa ganhar as partidas. A impressão que passa, aliás, é que o Levir Culpi não tem o menor gosto pela vitória. E quem não gosta de
vitória, não pode ter lugar no Atlético. Treinador para o Galo, além de tudo, tem de ser vibrante, como o time e não com aquela cara conformada de quem acha tudo normal.