Domingo foi
a terceira vez que o Galo entrou no Campeonato. Pelo menos, desde a chegada do
Levir Culpi, foi a terceira vez em que ouvi isso do treinador. Primeiro foi
após do título da Recopa. Depois da vitória contra o Inter, então vice líder.
Óbvio que nenhuma dessas vitórias confere à mesma moral da última. Mas, de toda
sorte, espero que agora, após 23 rodadas, tenhamos realmente entrado no
Brasileirão.
Muito
tardiamente é verdade, mas, com o início da rodada extremamente favorável, e a
inconstância da maioria dos adversário, ainda podemos sonhar com objetivos
interessantes para 2014. Mas, como tudo neste ano, sobretudo neste campeonato,
um objetivo, um passo por vez.
Após a
conquista da Recopa, quando entramos no campeonato pela primeira vez, o
Campeonato do Atlético era não se distanciar do pelotão de frente, não se desgarrar
dos primeiros colocados. Não importava a posição, mas sim a pontuação.
Vacilante, entre a nona e quinta colocação, chegamos nesta meta e, há muito,
estamos consolidados próximos, sempre na cola do G4.
Depois certo marasmo, no início do segundo turno, em que as coisas pareciam não correr
tão bem e o Galo ser marcado exclusivamente pela irregularidade, surgiu um
objetivo intermediário. O campeonato do Atlético naquele momento, devido as
circunstâncias, era ganhar o clássico. Era manter o cliente fiel, ganhar as
duas do Cruzeiro e continuar invictos contra eles em 2014.
Objetivo
conquistado com louvor. Ganhamos o clássico no Mineirão, no nosso sítio, embora
fossemos a minoria do estádio. Esse novo triunfo deu novo ânimo e muito mais
confiança ao Galo. Sem a Copa do Brasil, cujas metas são jogo-a-jogo, a esperança
por ares melhores voltaram. E a nova meta é entrar no grupo dos 4 primeiros.
A rodada
favorável proporcionou ao Atlético o direito de depender só de si. É ganhar
hoje do Santos e estamos entre no G4. Será uma entrada com atraso, é verdade,
mas antes tarde do que nunca. Atingindo esta meta, o próximo campeonato alvinegro será se consolidar na parte nobre da tabela, o que será árduo, mas com dois jogos
seguidos em casa, começar a próxima semana com 43 pontos, em terceiro ou quarto
lugar é obrigação.
A partir
daí, conforme as possibilidades se postarem, serão os traçados novos
campeonatos ao Atlético. Mas um passo de cada vez. O primeiro é ganhar hoje do
Santos no Horto e entrar no G4.
E o maior
desafio do Galo é superar o próprio treinador. Confesso que ele tem acertado
mais do que errado, à despeito das teimosias e da sorte. Mas a falta de vontade
dele permanecer no Brasil é um problema. A experiência japonesa do Levir, me
parece, lhe ensinou futebol com o nível de profissionalismo infinitamente
superior.
A impressão
passada pelo Levir é que a falta de profissionalismo do futebol brasileiro está
lhe incomodando profundamente. O problema é transparecer isso, quase rompendo o
compromisso com o Galo. E o comandante não pode anunciar que abandonará o
barco, ao menos não aos seus comandados. Cuca e Marrocos que o digam.