Quarta passada foi
uma noite daquelas. Nada deu certo e nem daria. Se o jogo acabasse às 11:59,
não faríamos o gol. Bem provavelmente, porém, se a partida tivesse começado na
terça ou na quinta, venceríamos a partida. Mas o futebol imita a vida, e tem
dia que nada dá certo mesmo.
O Marcos
Rocha, tão regular, teve uma atuação péssima e falhou ridiculamente no primeiro
gol. Aliás, falhou ele e quem o incumbiu de marcar o Guerrero na bola aérea. O
que não justifica perder a bola no alto de maneira tão patética.
Até o São
Victor, o mais regular dos atleticanos, melhor goleiro do Brasil, em um lance
de rara infelicidade, acabou dando o segundo gol aos gambás. E a noite começou até
bem. O Galo havia entendido como ganhar do Corinthians: pressionando aquela
defesa pífia e risível. Entregaram todas as bolas quando minimamente apertados.
Mas quando
a noite é infeliz... A bola do Donizete para o Carlos, o Gil desviou no limite, se tivesse cortado a unha não chegaria, só o suficiente para tirá-la
do alcance do Carlos. O mesmo Gil salvou uma bola do Guilherme que já
comemorávamos. E ainda teve aquela bomba
do Dátolo que explodiu na trave.
O time
parecia cansado, sentindo a maratona. E as falhas, somadas ao azar, começou a
pesar nas costas do jogadores. Ninguém consegue manter sempre o nível de
atuação e intensidade que o Galo estava demonstrando. Como complicador, o
Corinthians vinha de uma crise, com a torcida organizada tendo invadido o CT no
dia anterior.
E o Levir,
com sua teimosia habitual, tirou o Guilherme, melhor em campo, e colocou o
André, o novo queridinho do treinador. Não teve a menor influência naquele
jogo, mas, com aquela substituição, perdíamos a esperança de que alguma coisa mudasse.
Sábado, fim
da tarde. Jogamos em Criciúma, local em que nunca vi o Galo vencer. Sinceramente,
Criciúma, Ponte Preta, Ceará e Goiás deviam ficar eternamente na série B.
Timezinhos que adoram tirar pontos do Galo. Por sorte, um compromisso me
impediu de ver a partida pela televisão. A mudança de horário gerou uma espécie
de surto no aplicativo do pay-per-view e nem pelo celular consegui ver o jogo.
Contudo
acompanhava cada lance importante, cada cartão e o tempo de jogado, através de
um outro aplicativo. Quando desisti de corrigir a pane do app do PFC, já estava
1 x 1. E eu já sabia que o Galo foi quem saiu atrás. Na mesa, outro atleticano dizia, “vai
dar”. O Criciúma fez o segundo. No segundo tempo ainda fez o terceiro.
Assisti aos gols, e, conforme vi, dois foram irregulares. O primeiro, já que o escanteio
cobrado não existiu; e o segundo, que, sem replay, pelo telefone celular, já davapara ver o impedimento. Mas não dá para justificar. Conversando depois com quem assistiu
ao jogo, fiquei feliz em não poder vê-lo. Não há como explicar o gol perdido
pelo Dátolo, muito menos qualquer coisa (não) feita pelo André em campo. A mais nova
teimosia do Levir. A entrada do André significa colocar em campoum preguiçoso de R$ 400 mil
mensais. Quando entra, são dois a menos: 1 a menos para o Galo e 1 a mais
para o adversário, porque além de perder gols inimagináveis, ele ainda joga de
zagueiro em várias oportunidades.
Segundo o
Levir Culpi, perdi o pior jogo do Galo desde que ele entrou no comando. Olha
que foi ele quem estava no banco quando o Galo perdeu para o Goiás no Horto. Imagino a tragédia. Mas com Edcarlos na
zaga e André entrando em todo jogo complica. Já passou da hora do Atlético testar
o tal Tiago e de o André ficar fora até do banco.
Mas nada
está perdido. Em nenhum dos campeonatos. No Brasileirão, a rodada nos ajudou.
Agora é a hora de vencer os dois próximos jogos, confrontos diretos, contra Flu
e São Paulo e consolidar de vez entre os 4 primeiros. Essa é uma realidade muito
plausível.
Na Copa do
Brasil, bem, se o Galo tivesse ganho, ou perdido por 2x1, sairíamos com a ideia
de classificação certa. E aí não é Galo. O 2x0 pró adversário, já provamos, é
pouco para nos intimidar em nossos domínios. E, naquele resultado mentiroso de
São Paulo, vimos que, apertando, eles entregam. Emplacando dois bons jogos, o
Mineirão, que, desde sua reformulação, não me fez voltar insatisfeito, será um caldeirão.
Não vai ser dessa vez que sairei triste do novo sítio do Galo.