terça-feira, 7 de outubro de 2014

Noites Infelizes

Quarta passada foi uma noite daquelas. Nada deu certo e nem daria. Se o jogo acabasse às 11:59, não faríamos o gol. Bem provavelmente, porém, se a partida tivesse começado na terça ou na quinta, venceríamos a partida. Mas o futebol imita a vida, e tem dia que nada dá certo mesmo.

O Marcos Rocha, tão regular, teve uma atuação péssima e falhou ridiculamente no primeiro gol. Aliás, falhou ele e quem o incumbiu de marcar o Guerrero na bola aérea. O que não justifica perder a bola no alto de maneira tão patética.

Até o São Victor, o mais regular dos atleticanos, melhor goleiro do Brasil, em um lance de rara infelicidade, acabou dando o segundo gol aos gambás. E a noite começou até bem. O Galo havia entendido como ganhar do Corinthians: pressionando aquela defesa pífia e risível. Entregaram todas as bolas quando minimamente apertados.

Mas quando a noite é infeliz... A bola do Donizete para o Carlos, o Gil desviou no limite, se tivesse cortado a unha não chegaria, só o suficiente para tirá-la do alcance do Carlos. O mesmo Gil salvou uma bola do Guilherme que já comemorávamos.  E ainda teve aquela bomba do Dátolo que explodiu na trave.

O time parecia cansado, sentindo a maratona. E as falhas, somadas ao azar, começou a pesar nas costas do jogadores. Ninguém consegue manter sempre o nível de atuação e intensidade que o Galo estava demonstrando. Como complicador, o Corinthians vinha de uma crise, com a torcida organizada tendo invadido o CT no dia anterior. 

E o Levir, com sua teimosia habitual, tirou o Guilherme, melhor em campo, e colocou o André, o novo queridinho do treinador. Não teve a menor influência naquele jogo, mas, com aquela substituição, perdíamos a esperança de que alguma coisa  mudasse.

Sábado, fim da tarde. Jogamos em Criciúma, local em que nunca vi o Galo vencer. Sinceramente, Criciúma, Ponte Preta, Ceará e Goiás deviam ficar eternamente na série B. Timezinhos que adoram tirar pontos do Galo. Por sorte, um compromisso me impediu de ver a partida pela televisão. A mudança de horário gerou uma espécie de surto no aplicativo do pay-per-view e nem pelo celular consegui ver o jogo.

Contudo acompanhava cada lance importante, cada cartão e o tempo de jogado, através de um outro aplicativo. Quando desisti de corrigir a pane do app do PFC, já estava 1 x 1. E eu já sabia que o Galo foi quem saiu atrás. Na mesa, outro atleticano dizia, “vai dar”. O Criciúma fez o segundo. No segundo tempo ainda fez o terceiro.

Assisti aos gols, e, conforme vi, dois foram irregulares. O primeiro, já que o escanteio cobrado não existiu; e o segundo, que, sem replay, pelo telefone celular, já davapara ver o impedimento. Mas não dá para justificar. Conversando depois com quem assistiu ao jogo, fiquei feliz em não poder vê-lo. Não há como explicar o gol perdido pelo Dátolo, muito menos qualquer coisa (não) feita pelo André em campo. A mais nova teimosia do Levir. A entrada do André significa colocar em campoum preguiçoso de R$ 400 mil mensais. Quando entra, são dois a menos: 1 a menos para o Galo e 1 a mais para o adversário, porque além de perder gols inimagináveis, ele ainda joga de zagueiro em várias oportunidades.

Segundo o Levir Culpi, perdi o pior jogo do Galo desde que ele entrou no comando. Olha que foi ele quem estava no banco quando o Galo perdeu para o Goiás no Horto. Imagino a tragédia. Mas com Edcarlos na zaga e André entrando em todo jogo complica. Já passou da hora do Atlético testar o tal Tiago e de o André ficar fora até do banco.

Mas nada está perdido. Em nenhum dos campeonatos. No Brasileirão, a rodada nos ajudou. Agora é a hora de vencer os dois próximos jogos, confrontos diretos, contra Flu e São Paulo e consolidar de vez entre os 4 primeiros. Essa é uma realidade muito plausível.


Na Copa do Brasil, bem, se o Galo tivesse ganho, ou perdido por 2x1, sairíamos com a ideia de classificação certa. E aí não é Galo. O 2x0 pró adversário, já provamos, é pouco para nos intimidar em nossos domínios. E, naquele resultado mentiroso de São Paulo, vimos que, apertando, eles entregam. Emplacando dois bons jogos, o Mineirão, que, desde sua reformulação, não me fez voltar insatisfeito, será um caldeirão. Não vai ser dessa vez que sairei triste do novo sítio do Galo.