segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Vou começar por onde terminei. A nova teimosia do Levir com relação ao André. Estive no Horto contra o Vitória e ontem acompanhado da minha namorada. Contra os baianos, ela voltava ao estádio depois de ter ido no empate pela Libertadores contra o Nacional. Revoltada, ela disse: “devo ser pé frio. Quer ver que só eu sair, que o Galo marca?” Respondi: “Não é você que tem que sair, é o André.” Dito e feito. Bebezão saiu e o primeiro gol do Atlético saiu. Ontem, idem.

Aliás, ontem o André ainda demonstrou ser, no mínimo, pouco inteligente. Após o Cesinha colocar com açúcar para o Bebezão na área, ele, em vez de encostar a cabeça para abrir o marcador, espantar a crise, voltar a marcar e começar a ter algum crédito com a torcida; tentou (e falhou bisonhamente) uma bicicleta. Se ele estivesse bem, fosse artilheiro do campeonato, tudo bem. Acontece. Mas quando a fase é ruim, faz o fácil. Se ele cabeceia a bola e erra; era mais um gol perdido, íamos reclamar, mas tentou fazer o que tinha de ser feito. Agora, em um jogo difícil, placar zerado, o cara sem a menor confiança tentar uma bicicleta?  A torcida apelou e até o Levir perdeu a paciência e mexeu.

E quando o André sai, parece que o espírito do time melhora. Não só a saída dele para a entrada de qualquer outro. Eu mesmo, confesso, teria colocado Dodô e não o Marion. De qualquer forma, só de o André sair é uma evolução notória em campo.

Voltando à partida, muito diferente do jogo de quinta, no qual taticamente o Levir também tentou espelhar o esquema que deu certo contra o Cruzeiro, ontem o time jogou bem. O jogo foi muito bom. O Galo se expôs, jogou e deixou jogar, e 1 x 0 foi pouco para a partida cujo placar mais honesto seria algo como 3x2 para o Galo.

O próprio Cléber Machado disse na hora em que narrou o gol: era pressão demais. No estádio, meu coração já estava na garganta, quase para sair. E o Luan, que, contra o Corinthians e Fluminense estava claramente jogando com dor e com medo de se lesionar, quando está no Horto, quando vê a massa, esquece a dor e o receio. Cada bola é um prato de comida e o doidinho, a cara do Galo, resolveu – após uma jogada brilhante de Alex Silva.

Nessas horas a gente sai do estádio com a certeza veemente de que ainda dá. Mas aí vem uns jogos bestas, como Criciúma e Fluminense e o Atlético do Horto some. Somos os líderes do returno e temos uma sequência boa de jogos para fazermos 9 pontos consecutivos e, aí sim, entrar de uma vez na briga pelo caneco. 

Mas uma breve pausa, porque agora a chavinha  está ligada na Copa do Brasil. Vamos lotar o Mineirão, porque sim é possível, factível e eu acredito.