Vou começar
por onde terminei. A nova teimosia do Levir com relação ao André. Estive no Horto contra o Vitória e ontem acompanhado da minha namorada. Contra
os baianos, ela voltava ao estádio depois de ter ido no empate pela Libertadores contra o
Nacional. Revoltada, ela disse: “devo ser pé frio. Quer ver que só eu sair, que
o Galo marca?” Respondi: “Não é você que tem que sair, é o André.” Dito e
feito. Bebezão saiu e o primeiro gol do Atlético saiu. Ontem, idem.
Aliás,
ontem o André ainda demonstrou ser, no mínimo, pouco inteligente. Após o
Cesinha colocar com açúcar para o Bebezão na área, ele, em vez de encostar a
cabeça para abrir o marcador, espantar a crise, voltar a marcar e começar a ter
algum crédito com a torcida; tentou (e falhou bisonhamente) uma bicicleta. Se
ele estivesse bem, fosse artilheiro do campeonato, tudo bem. Acontece. Mas
quando a fase é ruim, faz o fácil. Se ele cabeceia a bola e erra; era mais um
gol perdido, íamos reclamar, mas tentou fazer o que tinha de ser feito. Agora, em um jogo difícil, placar
zerado, o cara sem a menor confiança tentar uma bicicleta? A torcida apelou e até o Levir perdeu a
paciência e mexeu.
E quando o
André sai, parece que o espírito do time melhora. Não só a saída dele para a
entrada de qualquer outro. Eu mesmo, confesso, teria colocado Dodô e não o
Marion. De qualquer forma, só de o André sair é uma evolução notória em campo.
Voltando à
partida, muito diferente do jogo de quinta, no qual taticamente o Levir também
tentou espelhar o esquema que deu certo contra o Cruzeiro, ontem o time jogou
bem. O jogo foi muito bom. O Galo se expôs, jogou e deixou jogar, e 1 x 0 foi
pouco para a partida cujo placar mais honesto seria algo como 3x2 para o
Galo.
O próprio
Cléber Machado disse na hora em que narrou o gol: era pressão demais. No
estádio, meu coração já estava na garganta, quase para sair. E o Luan, que,
contra o Corinthians e Fluminense estava claramente jogando com dor e com medo
de se lesionar, quando está no Horto, quando vê a massa, esquece a dor e o receio. Cada
bola é um prato de comida e o doidinho, a cara do Galo, resolveu – após uma
jogada brilhante de Alex Silva.
Nessas
horas a gente sai do estádio com a certeza veemente de que ainda dá. Mas aí vem
uns jogos bestas, como Criciúma e Fluminense e o Atlético do Horto some. Somos
os líderes do returno e temos uma sequência boa de jogos para fazermos 9 pontos
consecutivos e, aí sim, entrar de uma vez na briga pelo caneco.
Mas uma breve pausa, porque agora a chavinha está ligada na Copa do Brasil. Vamos lotar o Mineirão, porque sim é possível, factível e eu acredito.