terça-feira, 21 de outubro de 2014

Renova, Kalil.

Sou suspeito para falar. Desde os tempos em que ele não estava bem e vivia sob a desconfiança do torcedor, principalmente por ter se destacado no Cruzeiro, eu defendia o Guilherme, o chamei até de injustiçado.  Ele teve seus percalços, contusões e o azar de ser o reserva do Ronaldinho Gaúcho. Mas ele é diferenciado. Um verdadeiro camisa 10, como poucos no Brasil.

Perder o Guilherme é um prejuízo sem tamanho, não pela saída de um excelente camisa 10, não pelo valor investido – já pago com atuações. O prejuízo é a reposição. Quanto custa repor um jogador como o Guilherme? Aliás, no atual momento do futebol brasileiro, é possível repor um jogador com essa técnica?

Não creio ser possível repor à altura, a não ser através de um achado miraculoso, desses que acontecem de tempos em tempos. E a negociação não pode ser empecilho, afinal se o André ganha mais de 400 mil, pelo futebol praticado, mereceria o dobro. Óbvio, o equívoco é o salário recebido pelo André, e um erro não justifica o outro.

De toda forma, no final do ano, além do alívio do R10 na folha, é bem provável que tenhamos um Jô a menos para custear. E se for para gastar fortunas com dezenas e dezenas de pernas de pau, de “Emerson Conceições”, melhor investir em quem tem qualidade.

Kalil, abre o olho. O Galo vai precisar muito do Guilherme e do Donizete em 2015. E tem gente querendo, afinal, são excelentes jogadores. Não podemos cometer os mesmos erros de planejamento, não podemos reforçar os rivais e, apesar do time estar em disputa por 2014, a diretoria já precisa pensar no futuro.