quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Você ainda duvida do Galo?

Repito: nós, atleticanos, não temos o direito de não acreditar no Galo. Não há como duvidar deste time, desta torcida. Não é, como alguns chamaram, uma fábrica de milagres. Até porque não é milagre, é Galo.

Não há impossível para o Atlético, mesmo porque para os heróis esta palavra simplesmente não existe. E heróis somos todos.  Somos todos que acreditamos até o fim, todos que, quando o Galo tomou o gol, em vez de vaiar e reclamar, buscamos das vísceras forças para gritar “Eu acredito”. Talvez seja esse seja o segredo, acreditar.

Acreditar até o fim, porque já provamos para nós mesmos, o impossível só é impossível para os outros.  Fizemos o mundo redefinir o impossível. E a melhor definição que vi foi: impossível é tudo aquilo que ninguém faz; só o Galo. Contudo, aos poucos, para o atleticano, não haverá definição para impossível, ela simplesmente desaparecerá das nossas vidas e do nosso léxico. 

Os incrédulos e pagãos, os maiores pecadores para a religião Atleticana, estão convictos dizendo o raio ter caído pela quarta vez no mesmo lugar. Não. O raio não caiu quatro vezes, nem ele seria capaz de tamanha façanha. Não foi, meus caros incrédulos, coincidência. É sinergia, sintonia, entrega, amor, alma, glória.

Quando os mártires estão diante de seus fiéis o difícil é, na verdade, detê-los. O Corinthians e o Flamengo devem se orgulhar. Eles não foram vítimas do impossível. O improvável, na verdade, seria o contrário. Enquanto os pagãos acreditarem existir feitos impossíveis, ou acreditarem ser o Atlético só mais um time, estaremos em vantagem.

Porque jogamos, nós e nossos mártires, pela glória. E quem busca a glória tem alma, coração, raça, suor, sangue. Podem existir um milhão de times melhores tecnicamente ao Galo. Mas não existe um com mais vontade. E sempre que nos igualam em um quesito, buscamos outro. Pois se não dá na bola, vai na raça. Se não dá na raça, empurramos com a garganta. Se não sobrar garganta, deixamos o coração. Se fraquejar o coração, deixamos sangue. Se o sangue acabar, vai a alma. Se não der na alma, jogamos a vida.

Dentro das regras, da arte da Guerra, buscamos a qualquer custo vencer nossas batalhas. Não que sejamos invencíveis, mas, se cairmos, sempre cairemos de pé, acreditando, lutando e gritando até o fim. Nunca achamos ser fácil, pois, o primeiro passo para ter fé, é ter humildade. 

Nós acreditamos nos mártires representando nossa religião alvinegra em campo; e eles, reciprocamente, acreditam na gente. Isso forma nossa alma. Alma que entra em campo e faz o inacreditável acontecer. Inacreditável para os outros, pois, para nós atleticanos, essa é mais uma palavra fora do dicionário. O céu não é o limite, não temos limites. E, se você ainda duvida disso, ore para não cair no nosso caminho...