A
comemoração da Copa do Brasil não acabou, nem para nós nem para os jogadores.
Aliás, para nós nunca acabará e para os jogadores, só depois das merecidas
férias que estão por vir. O final de 2014 do Galo vai ser assim: comemoração e
despedida, uma vez que o Alexandre Kalil, após 6 anos e 6 títulos deixará o
cargo de presidente do Clube Atlético Mineiro.
Mas essas
emoções são apenas para nós e para os jogadores. A direção de futebol, com as
férias antecipadas do Galo, tem a oportunidade ímpar de realizar um planejamento
bem feito para o ano que vem, pois, se chegar ao topo é difícil, mais difícil é
manter-se lá.
Para isso a
diretoria, à despeito da mudança de presidente, enquanto comemoramos, tem de
trabalhar. Essa, ao menos, é nossa expectativa, sobretudo por se tratar de uma
continuidade diretiva, uma vez que a situação ganhou. Espero, e isso é muito
mais um desejo, ser o Kalil a partir de hoje, alguém que ainda seja presente, nem que seja por trás dos panos, afinal, o homem atrai vitórias.
Voltando ao
planejamento, o primeiro passo para o ano seguinte, antes de pensar em qualquer
contratação, é pensar em renovações para manter um time forte. Temos de fazer
de tudo para manter Levir, Leandro Donizete, Tardelli, chegar a um acordo
razoável com o Guilherme. Já podemos, ainda, começar a pensar na prorrogação
dos contratos do Douglas Santos e Rafael Carioca, ambos caíram como luvas no
Galo. Este é o primeiro passo.
Isto posto,
é hora de repor o Carlinhos Neves. Se o melhor preparador físico do país for mesmo
à China, vamos ter trabalho para repor. A reposição tem de ser feita à altura,
com qualidade, afinal, a comissão fixa foi um dos trunfos alvinegros. Ainda
antes de contratar, temos de avaliar os jogadores emprestados e negociar os que
precisam ser negociados, como Conceição, Jô e André.
Então podemos
pensar em contratações. E, confesso, grandes contratações não empolgam. Não são
necessárias para ganharmos a Libertadores. Os melhores já temos, agora é garimpar
promessas e jogadores bons. Não vale a pena pagar fortunas ao Guerrero (apesar
de sua qualidade), Sheik e Kléber. Este, aliás, nem se pagasse. Precisamos de
jogadores que se enquadre neste grupo e que tenham a cara do Galo, precisamos
de outros Luans, Tardellis, Dátolos, Donizetes...
À despeito
das más campanhas, alguns jogadores se destacaram e devem ser de fácil
contratação. Apenas como sugestão, gosto do Gabriel, do Botafogo; Tiago Mendes
e Erick, do Goiás; Robinho do Coritiba, dentre tantos outros. É hora da
diretoria pensar no futuro, e que os próximos anos sejam tão bons quantos os
últimos.
Enquanto isso nós comemoramos...