Não precisa pensar duas vezes.
Carlos por Rafael Carioca e, possivelmente, mais um troco. Não há nem o que
ver, negócio fechado e bola pra frente. Não é que eu desgoste do futebol do
Carlos, longe disso. Também não imagino que venha a ser um novo Renan Oliveira.
Mas é uma questão de custo benefício, e ter o Carioca hoje não é benefício, é
indispensável.
Óbvio que o Carlos pode valer
muito mais, tem muito a evoluir. Por isso, além do Carioca, com um pouco de
habilidade, a diretoria consegue ainda arrancar uma graninha boa para sanar as
contas, sei lá uns 2 ou 3 milhões de Euros. Mais os 6,5 milhões que o Carioca
vale e pronto.
Futuramente, se o Carlos der
certo e o CSKA fizer fortuna nele, teremos uma beirada. Mas hoje não há o que
discutir. O Carlos é uma promessa, o Carioca uma realidade. O Atlético,
diferentemente do CSKA, não pode trocar o certo pelo duvidoso; a realidade pela
aposta.
Basta ver a importância de cada
um deles no time, ou mesmo seu tamanho no futebol brasileiro. Quão
indispensável é o Carlos ao Atlético? Apesar de sua importância, ele é
substituível, aliás, não vem sendo nem titular e, pelo visto, tem tido recaídas
no seu comportamento, coisa de menino. O Carioca é titular absoluto no Galo.
Não tem substituto à altura, nem no Galo nem em lugar nenhum no futebol
brasileiro. Na sua posição é o melhor, de longe. É fundamental para o esquema
do Levir e às pretensões do Atlético.
Um negócio tem que ser bom para
todo mundo. E esse, ao que tudo indica, é o caso. Bom para o Carlos, que vai ganhar uma
baba e tentar emplacar no mercado europeu, entrando por uma porta alternativa
mas que pode ser muito frutífera. Para o Carioca, que quer ficar no Brasil e
para o Atlético, que, além de um troco, ficaria com seu principal jogador hoje.
Espero que a negociação se
concretize, que dê tudo certo e que, no futuro, o Carlos estore e ainda renda
uma beirada. Quem sabe, até, o Galo não o negocia e depois o contrata por
empréstimo para que possa terminar o seu desenvolvimento como atleta, se essa,
claro, for a opção dos russos.
De concreto, hoje, é que o
Carioca é indispensável, melhor jogador do time, uma realidade. Enquanto o
Carlos, promissor ou não, é uma promessa.