Nem tanto ao mar, nem tanto à
terra. Se bem que mais ao mar. Afinal, somos os verdadeiros campeões cariocas. E
dos quatro primeiros do estadual do Rio, só não ganhamos do Botafogo porque
eles estão na série B. O time do Rio, aliás, que mais deu trabalho ao Galo em
2015 foi o Tupi. Foram 9 gols marcados e apenas 1 sofrido neste Brasileirão
contra cariocas.
Em outros tempos isso queria
dizer muita coisa. Atualmente, não quer dizer nada. Nenhum dos três times são
grandes coisas, jogam mais com a camisa do que com a bola e vencê-los é mais do
que obrigação. Mesmo ganhar do Flamengo fora, que no início da competição parece bônus, se tornou uma obrigação após os maus
resultados no Horto ante os fracos Santos e Cruzeiro. Dos 5 pontos perdidos em casa,
recuperamos 3. Faltam 2.
Entretanto, o mais importante da vitória de
Sábado, contudo, não foi só a recuperação da confiança, tampouco o futebol
apresentado, que continua bom, mas também longe de ser primoroso. Mas o suficiente para ganhar o Brasileirão, que está se oferecendo ao Galo. O
melhor de tudo foi sapecar os mulambos dentro do Maracanã. Desde a última
reforma, esta foi a primeira vitória de um time mineiro dentro do Maraca.
Ganhamos de nosso maior rival, o maior clássico interestadual do país, e o
fizemos com certa autoridade, apesar de toda fragilidade do adversário.
Outro aspecto a ser pensado é que
o esquema com um volante é uma boa alternativa para situações específicas. Contra times com ataques cardíacos, como é o ataque do Flamengo, esse esquema vai
funcionar perfeitamente, afinal não há razão para dois marcadores contra um time que não tem nem dois jogadores que saibam jogar... Mas, mesmo assim, para que funcione perfeitamente, é necessário que
todos corram e marquem, como aconteceu Sábado, à parte a fragilidade do
adversário.
E se não deve-se criticar
passionalmente na derrota, também não se deve elogiar cegamente as vitórias.
Entendi a entrada de mais um volante, e, desta vez o Levir fez certo, observou
o jogo em tempo, viu que era hora de segurar, que o time já estava perdendo o meio. Também ficou clara que a entrada do Josué foi por conta da
lesão do Carioca. Entretanto, sinceramente, não entendi a entrada do Dodô. Nada
contra ele, acho um excelente jogador, mas, ao meu menos no meu modo de
entender, era a hora de o Levir colocar o Guilherme para jogar, dar ritmo ao
cara. Ultimamente o Levir só o coloca na fogueira, para reverter o impossível. Não
é possível que o Levir não o enxergue como titular desse time... E se enxergar,
como espero, ele tem que ganhar ritmo!
Além disso, outra vez, o Atlético
abusou do Direito de perder gols, muitas vezes por excesso de autoconfiança, e
até uma certa soberba, outras por decisões erradas e "fominhagem". Isso já nos custou caro neste campeonato.
No mais, uma partida tranquila,
um adversário que, se não é bom tecnicamente, é um rival. Ganhar do Flamengo é
sempre bom, no Maraca melhor ainda. É bom para dar moral e confiança, é bom
para mostrar que somos candidatos ao título e vamos brigar por ele até o final.
Agora, dois jogos em casa e obrigação de mais seis pontos na conta. Temos time para ganhar e obrigação de ao menos brigar por essa taça até o fim...