O Galo é o primeiro time a levar 10 milhões de torcedores em Campeonatos Brasileiros. O verdadeiro time do povo, infelizmente, às vezes, reflete o povo brasileiro. E acho que a crise do Atlético hoje, incluindo o boicote, é um desses exemplos.
O brasileiro, e por conseguinte o atleticano, tem dois problemas crônicos. O primeiro é querer tratar tumor no cérebro com aspirina. Nossa cultura imediatista é assim. É simples, se você tomar a aspirina, pode até aliviar o sintoma da dor de cabeça, mas o tumor vai continuar lá e, cedo ou tarde, vai se manifestar de novo. O segundo, é uma questão colocada por Einstein, e que é absolutamente pertinente. As palavras corretas eu não me lembro, mas, em síntese o gênio alemão disse que 1000 pessoas são capazes resolver o problema, mas apenas uma é capaz de encontrar o problema certo. Ou seja, não adianta resolver os problemas errados, porque, cedo ou tarde, eles voltam.
Entendo a revolta da torcida, não critico quem boicota, mas não participei nem vou participar, porque o problema do Atlético é outro, sem Cristos ou resoluções mágicas. E, queiram vocês ou não, está fora de campo. Nesses tempos de crise, as pessoas adoram fazer comparações, eu não gosto, mas, já que é assim que as pessoas entendem, que assim seja…
Estava na resenha pós-pelada no sábado e um cruzeirense colocou algo absolutamente pertinente - que eu já tinha até comentado, mas com outro nome: “eu trocava o Cázares no Thiago Neves sem problemas. Com o Marquinhos Gabriel e o Rafinha jogando nesse time arrumadinho do Mano, se você põe o Cázares ali no meio ele vai deitar. E, na zona que é esse time do Atlético, você pode colocar o Thiago Neves ali que ele não vai arrumar nada”.
Concordo plenamente. Time desarrumado acaba com jogador bom, time arrumado faz nome de jogador ruim. Não faz muito tempo, disse que, se o Elias fosse para o Cruzeiro, com o time do Mano, iria deitar. É o jeito mais radical de explicar porque o Fred está jogando lá, o Tomáz Andrade está jogando muito nos falsos, mas ninguém nunca joga aqui…
Gente, Alexandre Kalil manteve o Cuca após 6 derrotas. Após tomar de 6 das Marias. Mas ele confiava no trabalho do cara, batia no peito e dizia: “a responsabilidade é minha”. Quando contratou o Autuori, e chegou a conclusão que o trabalho não vingaria, ele disse: “eu errei”. Desde então, temos um monte de diretor, com o perdão da expressão, bundão, que se esconde atrás do treinador e joga a responsabilidade para os jogadores.
Não há padrão. Imagine se você vai pintar sua casa. Você quer branco. Não acha a tinta branca, em vez de ir para um creme, vai direto para o preto! Não faz sentido, não há jogador, ou time que resista a isso. A diretoria anda em círculos, sem convicção e sem saber o que de fato quer. O protesto é contra quem pensa o futebol. Por isso, espero que o Rui Costa bata com o boneco na mesa, assuma a responsabilidade, e decida qual a filosofia. Contrate e banque um cara. Aí sim podemos pensar em cobrar os jogadores. Particularmente, gosto de nomes como Coudet, Becacecce e Rolin. Mas, essa a filosofia que eu gosto. Nada contra outras filosofias, desde que se adote uma e tenha peito para bancar.
Falando de futebol, sábado era o dia que ganhar era mais importante que jogar. Até disse que estrear no Indepa não era uma boa. Graças a Deus deu certo. Agora, vamos tentar aproveitar o momento ruim do Vasco para ganhar fora e acumular gordura para montar um time. Mas não vai ser fácil. Aliás, nada pior do que pegar um time com o brio arranhado por uma goleada vexatória.
O brasileiro, e por conseguinte o atleticano, tem dois problemas crônicos. O primeiro é querer tratar tumor no cérebro com aspirina. Nossa cultura imediatista é assim. É simples, se você tomar a aspirina, pode até aliviar o sintoma da dor de cabeça, mas o tumor vai continuar lá e, cedo ou tarde, vai se manifestar de novo. O segundo, é uma questão colocada por Einstein, e que é absolutamente pertinente. As palavras corretas eu não me lembro, mas, em síntese o gênio alemão disse que 1000 pessoas são capazes resolver o problema, mas apenas uma é capaz de encontrar o problema certo. Ou seja, não adianta resolver os problemas errados, porque, cedo ou tarde, eles voltam.
Entendo a revolta da torcida, não critico quem boicota, mas não participei nem vou participar, porque o problema do Atlético é outro, sem Cristos ou resoluções mágicas. E, queiram vocês ou não, está fora de campo. Nesses tempos de crise, as pessoas adoram fazer comparações, eu não gosto, mas, já que é assim que as pessoas entendem, que assim seja…
Estava na resenha pós-pelada no sábado e um cruzeirense colocou algo absolutamente pertinente - que eu já tinha até comentado, mas com outro nome: “eu trocava o Cázares no Thiago Neves sem problemas. Com o Marquinhos Gabriel e o Rafinha jogando nesse time arrumadinho do Mano, se você põe o Cázares ali no meio ele vai deitar. E, na zona que é esse time do Atlético, você pode colocar o Thiago Neves ali que ele não vai arrumar nada”.
Concordo plenamente. Time desarrumado acaba com jogador bom, time arrumado faz nome de jogador ruim. Não faz muito tempo, disse que, se o Elias fosse para o Cruzeiro, com o time do Mano, iria deitar. É o jeito mais radical de explicar porque o Fred está jogando lá, o Tomáz Andrade está jogando muito nos falsos, mas ninguém nunca joga aqui…
Não é falta de raça, porque, com todo respeito, isso não falta. Gente raça não explica tudo. Parece religião: aquilo que não sabemos explicar é divino. Aquilo que não sabemos explicar é raça! Não é! Eu vejo o Fábio Santos, por exemplo, tão criticado, se matando em campo, fazendo o máximo, por mais que erre. Nunca se omite, nunca para de brigar. Pode faltar bola, mas raça? Isso não.
Mas o que esperar de um bando de jogadores sem conjunto? Alguém se lembra de alguma jogada ensaiada do Atlético? Por pior que possa ser aos olhos, você sabe como o Cruzeiro vai jogar o tal Manobol, como o Palmeiras vai jogar, como o Grêmio vai jogar. E o Galo? Você sabe? Você define se é um time de toque, de contra-ataque, de posse? Não. Desde que chegou o Atlético o Elias, que melhorou nos últimos jogos, aliás, costuma melhorar quando o time evolui em organização, jogou em oitocentas posições diferentes. O time não identidade de jogo porque a diretoria não tem colhões para manter uma filosofia de trabalho.
Gente, Alexandre Kalil manteve o Cuca após 6 derrotas. Após tomar de 6 das Marias. Mas ele confiava no trabalho do cara, batia no peito e dizia: “a responsabilidade é minha”. Quando contratou o Autuori, e chegou a conclusão que o trabalho não vingaria, ele disse: “eu errei”. Desde então, temos um monte de diretor, com o perdão da expressão, bundão, que se esconde atrás do treinador e joga a responsabilidade para os jogadores.
Alguém é capaz de explicar a demissão do Aguirre, do Roger e do Larghi? Pior, as escolhas e substituições… Sai Aguirre. Contratado porque era um treinador capaz de se defender e organizar o time, já que o Levir, no ano anterior, foi vice-campeão, mas com a defesa com números de Z4. Demitiram o cara e contrataram o Marcelo Oliveira, que não organiza nada, muito menos defesa. Tipo, você tinha SAL, e contrata AÇÚCAR.
Mandaram o Marcelo embora, tardiamente ao meu ver. Contrataram o Roger. Outro cara com fama de gostar de toque de bola, marcação alta, e de organizar times, ou seja, o oposto do Marcelo. Demitiram o cara. Contrataram o MICALE, que não tem identidade nenhuma. Depois trouxe o Oswaldo, treinador desses ultrapassados, boleirões, motivadores. Demitiram o cara. Efetivaram o Larghi, com ideias mais parecidas com as do Roger. Mandam o cara ir embora, voltam com o Levir, estilo Oswaldo, que havia sido o último treinador antes do Aguirre, ou seja, o ciclo começou para corrigir os problemas do time do Levir e, espero, tenha terminado no Levir.
Não há padrão. Imagine se você vai pintar sua casa. Você quer branco. Não acha a tinta branca, em vez de ir para um creme, vai direto para o preto! Não faz sentido, não há jogador, ou time que resista a isso. A diretoria anda em círculos, sem convicção e sem saber o que de fato quer. O protesto é contra quem pensa o futebol. Por isso, espero que o Rui Costa bata com o boneco na mesa, assuma a responsabilidade, e decida qual a filosofia. Contrate e banque um cara. Aí sim podemos pensar em cobrar os jogadores. Particularmente, gosto de nomes como Coudet, Becacecce e Rolin. Mas, essa a filosofia que eu gosto. Nada contra outras filosofias, desde que se adote uma e tenha peito para bancar.
Falando de futebol, sábado era o dia que ganhar era mais importante que jogar. Até disse que estrear no Indepa não era uma boa. Graças a Deus deu certo. Agora, vamos tentar aproveitar o momento ruim do Vasco para ganhar fora e acumular gordura para montar um time. Mas não vai ser fácil. Aliás, nada pior do que pegar um time com o brio arranhado por uma goleada vexatória.