quinta-feira, 16 de maio de 2019

Somos ou não somos Galo, porra?

O legado deixado pelo Levir é muito mais que terra arrasada. É amaldiçoado. Isso porque ele ultrapassou de forma cancerígena as 4 linhas e o (não) preparo físico. Ele chegou às arquibancadas. A impaciência, falta de esperança, dissintonia e frustração vindas da massa estão muito mais relacionadas às expectativas criadas pelo senil Levir e à eliminação bizarra da Liberta do que pelo momento atual.

Avaliando o trabalho do Santana, tendo expectativas realistas sobre o time, há uma crescente evolução. Na final do Mineiro foram dois jogos em que superamos o adversário na bola e perdemos no VAR. No Brasileiro fizemos uma gordura importante, quase essencial nos três primeiros jogos. Fizemos um primeiro tempo de igual para igual com o Palmeiras e, sobretudo defensivamente, uma boa partida contra o Santos.

É preciso compreender que o time do Palmeiras, elenco mais caro do Brasil, é, tecnicamente, muito superior. E que o Santos, mal ou bem, está em um estágio de organização muito acima do nosso. É preciso compreender que estamos em formação, que nossa competição é a Sul-americana, que estamos em progresso, que é necessário evoluir, aprender com os erros e, em certos momentos, carregar o time nas costas. Não tem faltado, e isso é inegável, raça e vontade. Precisamos reconhecer isso.

Como disse, no entanto, é preciso aprender jogo-a-jogo. Ontem, sem a menor sombra de dúvidas, fizemos a melhor partida do ano defensivamente. Um time muito mais organizado, atento e firme na marcação. A linha de defesa toda foi muito bem. Por outro lado, e já alertava isso contra o Palmeiras, não dá para o Luan ser o camisa 10. Não é a dele e bananeira nunca deu jabuticaba.

Critiquem o Cazares o quanto quiserem, mas a entrada dele mudou completamente o jogo. Por um motivo muito simples: ele toca de primeira. Enquanto os outros meio-campistas alvinegros carregam a bola, enrolam até perder, ele solta com um ou dois toques. Mudou a dinâmica do time jogar. Minha única ressalva, porém, é que ele ficou muito preso à ponta esquerda.

Aliás, acho que o Atlético terminou o jogo com a escalação mais próxima da ideal e, certamente, a mais inteligente no meio. Cazares e Nathan de meias e o outro, seja Chará, Luan ou Geuvânio, de segundo atacante, mais próximo do centroavante. Aliás, está na hora se descansar o camisa 9, correndo muito errado, posicionando muito mal e perdendo muitas bolas... De toda forma, se o resultado não foi o melhor, o desempenho defensivo foi um alento.

Sábado, provavelmente, o desafio será maior, talvez precisamos de uma estratégia diferente. No entanto, e isso está claro, duas coisas serão fundamentais: repetir a atuação defensiva e botar o Cazares para jogar.

E vamos jogar juntos, afinal, acima de tudo, somos ou não somos Galo, porra?