sexta-feira, 3 de julho de 2020

Papai Rubão: realidade e expectativa

Não me entendam mal: acho que deveria se erguida uma estátua em homenagem ao Rubens Menin na porta do estádio do Atlético. Acho também que ele merece dar nome a um setor do estádio, as cabines qualquer coisa do tipo. Não sou de acreditar em almoço grátis, mas ele mesmo já disse, que neste caso, é quase isso. E, se por algum acaso, estiver vinculado à candidatura (possível) dele ou do filho à presidência, nada demais. Particularmente, entendo que está ligado ao estádio: Galo bem, Arena MRV bomba na mídia.


Não quero colocar água no nosso próprio chope, mas uma coisa precisa ficar clara: há uma grande diferença entre expectativa e realidade e o mais importante: a ajuda do papai Rubão e as 15 contratações no modus operandi Alexandre Mattos NÃO BASTAM para fazer um time vencedor. Se lembram da SeleGalo de 1994? Meu pai me levou no colo para enfrentar uma fila colossal para ver os caras TREINAREM no Mineirão. O resultado daquele time, basta ver na história, foi pífio. 

Mas não é o excesso de contratações que me incomoda. À parte a questão do goleiro, que para mim é insanidade, Papai Rubão foi claro em todas as entrevistas: ajuda a contratar, mas não ajuda a pagar salário, este é o perigo…

Jogadores e ex-jogadores são unânimes o início do fim é quando o salário atrasa. E não sejamos cegos: jogadores não são atleticanos, nós somos. Agora, imagina se sua empresa não está de pagando há meses e decide gastar uma fortuna (por mais que de um mecenas) com outras coisas? A motivação acaba. 

O que quero dizer é que não adianta ter os melhores jogadores do mundo se não cumprir com eles o combinado, se o time estiver fora da realidade financeira do clube. Sem contar, e o próprio Sette Câmara tem falado isso constantemente, que a saúde financeira do clube será essencial para ele se manter grande. 

Isto posto, temos grandes chances de levar o Brasileirão 2020. Só espero, profundamente, que o final do campeonato seja pós-pandemia, porque eu preciso ver o Galo campeão Brasileiro no estádio e comemorar na rua, com aglomeração.