quarta-feira, 19 de maio de 2021

Simplfica!




Era para ter escrito sobre isso na segunda, mas a correria louca do dia-a-dia me impediu de escrever sobre o assunto. Hoje, em dia de Galo pela Libertadores, sem Savarino, é um dia oportuno para falar do assunto: a recaída invencionista do Cuca no domingo.

Vamos lá, quinta-feira passada, contra o América de Cali, foi um jogo surreal. Imagino que, fisicamente, desgastante ao extremo. Este ano (ainda mais do que no ano passado), o Galo tem um elenco recheado de boas opções com pelos menos duas opções para quase todas as posições. Eis que não me surpreenderia – aliás, eu faria isso – se no primeiro jogo da final do Mineiro o Cuca não entrasse com ninguém que iniciou a partida na Colômbia, ou que entrasse com apenas dois ou três. Pensem: temos um bom elenco, os reservas poderiam fazer jogo duro contra o América e, em caso de surpresa negativa, podem ser feitas 5 substituições. Logo, se você entrar com meio time de linha reserva, você pode voltar com o titular...

Cuca não quis se arriscar. Optou por poupar poucos jogadores, apenas dois: Keno e Jair (ainda que Arana e Guga, na minha modesta opinião, foram os que mais sentiram os efeitos do gás). Até aí, perfeito, escolheu dois conforme os seus critérios e poupou. O que não entra na minha cabeça foram as substituições. Temos, repito, um elenco recheado. Não havia necessidade de improvisação. Se o Keno sai, entra o Marrony; se o Jair sai, entra o Allan ou o Franco!

Compreendo que ele tentou uma mudança tática imaginando que o Ademir fosse jogar desde o início, reforçando a marcação pelo lado esquerdo. Só que se era para mudar o esquema, com um jogador de meio recuado pela esquerda e um jogador de saída pelo centro, era melhor colocar o Allan no lugar do Keno e o Franco no lugar do Jair. Assim ele cumpriria a mesma ideia que ele teve no início do jogo sem improvisações.

Aliás, há algo muito estranho no Atlético. Alguns jogadores estão sendo preteridos de uma forma que eu, sinceramente, não compreendo. Marrony é um deles.

Mas o jogo de domingo já é passado e hoje temos um confronto importantíssimo contra o Cerro Porteño que pode valer a liderança geral e não temos o Savarino. Se eu pudesse falar algo para o Cuca era simplesmente: SIMPLIFICA. Tenta mexer o mínimo possível na estrutura do time para substituir o venezuelano. Sem inventar de colocar dois laterais. Se quiser mudar o esquema (se tiver treinado para isso), ótimo, mas mude com jogadores da posição, porque se tem uma coisa que o treinador do Galo não pode reclamar é de falta de elenco.