sexta-feira, 9 de julho de 2021

Mais juízo do que sorte

 


Já cansei de dizer que não tenho o menor compromisso com o erro, não tenho medo de criticar, tampouco vergonha de elogiar. Se há um bom tempo estou dizendo que o Galo estava com mais sorte do que juízo, na partida contra o Flamengo foi o contrário: Cuca, enfim, teve mais juízo do que sorte.

Apesar do gol perdido pelo Arrascaeta no fim do jogo – e esta foi a dose de sorte – o Atlético foi melhor que o freguês do Rio no jogo e mereceu ganhar. Contra um time forte, em um clássico, em meio de temporada – e em um ponto muito crucial dela – era normal sofrer um pouco de pressão, mas o Galo se comportou bem.

Confesso, sem nenhum medo de ser feliz, que a escalação inicial do Cuca me afligiu. Três zagueiros e sem o Igor Rabello me parecia algo surreal. Antes do jogo, a opção mais prudente me parecia repetir a escalação que venceu o Inter, com o Nathan substituindo Nacho. Mas o Cuca pensou em jogar conforme o adversário – algo que muito me agrada. Ao entrar com três zagueiros e liberando os dois alas, ele matou as jogadas dos pontas flamenguistas, deixando Michael e Bruno Henrique nos bolsos do Nathan Silva.

Aliás, uma bela partida do Nathan Silva. O menino mostrou personalidade e que a rodagem ganha pelos empréstimos não foi em vão. Bela partida, para ganhar confiança e nos colocar no bolo da briga pelo título. Amanhã, é contra o América. Outro adversário, outro estilo de jogo e, espero eu, uma nova estratégia também por parte do Atlético.

A ver... Espero mais jogos como contra o Flamengo do que contra o Cuiabá. Creio eu que o Cuca também, que suas falas, independentemente do desempenho, são diferentes dentro e fora do vestiário – como tem que ser.  E que o Galo continue assim: com mais juízo do que sorte.